segunda-feira, 19 de junho de 2017

Episódio Nº 42 -Nazaré. Velhos Lobos do Mar

Episódio  Nº 42 – Nazaré. Velhos Lobos do Mar

É verdade como vão essas dores do corpo mãe?
- ‘Tou um bocadinho melhor. Ouve cá, ‘inda na’me  d’esseste nada desse homem… ele ainda ‘tá prese filhe?
- Eu já falei com o chefe da Guarda e pedi-lhe que lhe desse umas palavras para que no futuro  não voltasse acontecer casos semelhantes.
Eu também falei com ele e vi que  estava arrependido… À mãe o pai não se lembra do que lhe fez. Vamos a ver agora, o que vai acontecer daqui em diante… Eu estou esperançado que ele vai emendar-se!... Até me jurou que ia pedir a alguém para  se matricular numa empresa.
- À filhe, mas tu acr’aditas nisse… o vinhe dá cabe dele! Agora digo-te, s’ele deixasse o vinhe,  isse  sim  acreditava… Mas tanhe quase a certeza que na’ vai conseguir!
- À mãe, a gente temos que o ajudar; se eu for trabalhar para a farmácia, era um grande desgosto para mim, ver o meu pai por aí a ser criticado nas bocas do mundo!
- Entretanto no Posto da Guarda o Virgolino saía livre, um pouco envergonhado dirigia-se a sua casa -
Pouco depois o Virgolino estava a bater à porta dizendo:
 Zé, à filhe abre a porta ao pai fazes favor!
- Olhe mãe aí está ele!
- Olha filhe, vai abrir à tua responsabilidade, cá por mim enquante me lembrar da perrada qu’ele me deu e das ofensas que me fez, na’lhe prantava a vista em cima… Prontes, abre lá a porta mas ele tem que me óvir.
- Entretanto a porta abria-se para o Virgolino entrar -
- Vá lá entre lá pai… Mas vai já pedir perdão da maldade que fez à mãe!


Fim do Episódio Nº 42
M. Francelina e J. Balau
no-temp- dos-barretes blogpot.com

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