19º Episódio – Nazaré. Velhos Lobos do Mar
- Mas o João também ‘tá tode melhade!!
- Pois ‘tou mãe, só se você pensa queu vanhe d’algum bailarique!
- Mas o João também ‘tá tode melhade!!
- Pois ‘tou mãe, só se você pensa queu vanhe d’algum bailarique!
- ‘Tás a
mangar na’tás filhe… eu vou buscar a roupa pa’vocês e depois vou aquecer a sopa
d’ortaliça.
- Oiça cá
mãe, na’há nada p’ra cima das mesturadas?
- Há sim
filhe… comprei um bocade tôcinhe velhe entremiade, co’tê pai gosta muite.
- Depois da ultima refeição, pai e
filho planeavam o trabalho para o dia seguinte.
Ao escurecer, o tempo tinha melhorado razoavelmente.
Pela madrugada o António e o João saíram de casa a caminho da lagoa para fazerem e levantamento dos aparelhos. Um pouco mais tarde chegaram ao local, onde outros pescadores também seguiram o mesmo caminho. O António, avistou o barco do acidente de o dia anterior entre o caniçal. O rio tinha baixado um pouco o seu percurso. Agora era mais fácil tentar virar a pequena embarcação, e assim aconteceu.
O António disse para o João: -
Ao escurecer, o tempo tinha melhorado razoavelmente.
Pela madrugada o António e o João saíram de casa a caminho da lagoa para fazerem e levantamento dos aparelhos. Um pouco mais tarde chegaram ao local, onde outros pescadores também seguiram o mesmo caminho. O António, avistou o barco do acidente de o dia anterior entre o caniçal. O rio tinha baixado um pouco o seu percurso. Agora era mais fácil tentar virar a pequena embarcação, e assim aconteceu.
O António disse para o João: -
- Olha filhe,
tu vais pela margem do rio e apanhas-me mais acima, não podemos ir os dois
dentro do barquinhe.
- O António, pouco depois começou a
fazer o levantamento dos aparelhos. No primeiro ficou surpreedido -
- Eia!... Este boqueirão tem ‘ma teca d’inguias… vames andando ver os outros.
‘tás aí João?
- Tou sim pai.
- Olha filhe, os aparelhos devem ‘tar cheios d’inguias!
- Eia!... Este boqueirão tem ‘ma teca d’inguias… vames andando ver os outros.
‘tás aí João?
- Tou sim pai.
- Olha filhe, os aparelhos devem ‘tar cheios d’inguias!
- Tou mais
contente antes assim… Hoje fazemes ‘ma grande pesca!
- Realmente o António fez uma grande
pescaria. Ambos trouxeram para casa dois sacos cheios de enguias. Quando
chegaram a casa e despejaram o peixe para algumas bacias, a Maria, ficou de
boca aberta ao ver tanto peixe –
- Ouve cá
Tonhe a quem vou eu vender este peixe tode?
- Eu sei lá
melher… há p’raí tanta gente a comprar peixe… Olha, vai oferecendo a quem encontrares
por aí!
- Ai que
lindeza de peixe!!! Não há pai pa’voçêsses… O mê rique filhe, tem um pai que só
le dá bons ‘inzemples… voçeses os dois, são a ‘nha maior riqueza, só precizemes
que Deus Nosse Senhor, nos dê a esmolinha da saúde e bom livramente, porque vontade
pa’trabalhar na’vos falta!... Áh… É verdade, ontem á tarde cande começarem a
dar aqueles trevões, tu já sabes cô’mê som, na’morre com mede perque na
calha!... Mas o nosse menine, foi logue saber onde ‘tavas tu… assim queu lhe
disse que o aparelhe na’tava no lugar dele, ele foi-se logue imbora pa’lagôa à
tu’procura!
- À Maria
deixa lá agora essa conversa, vai ver se
vendes as inguias!
Fim do 19º Episódio
M. Fancelina e J. Balau.
M. Fancelina e J. Balau.
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