segunda-feira, 3 de outubro de 2016

2º Episódio - Nazaré,

Nazaré, Velhos lobos do Mar - 2º Episódio

A linha segura na mão já bastante calejada, esperava que o peixe mordesse a iscada. Mas o tempo ia passando sem haver um sinal de uma boa pescaria; pensando melhor o velho pescador foi procurar outro lugar, e assim aconteceu.
Mais tarde, o sol caía no horizonte.
O Ti’Tonho desesperado de tanto esperar, olha para o poente e vê algumas gaivotas mergulhando na água, parecia que elas estavam à caça do alimento, e ele estava certo; as gaivotas bicavam pequenas  sardinhas que à superfície havia com abundância.
À Virgem Mãe, tanta fartura para uns e nada para outros!... Dai-me ó menos um peixe, para eu comer na companhia  da’nha Maria; é ‘ma vergonha eu chegar à terra ‘cas cavernas (estremadas)! Se calhar a ‘nha Santinha na’me ‘tá óvir! Ó Virgem Santa se me deres um peixe, eu promete duas velinhas acesas no teu altar!
(Mais tarde). É escusade… eu tabém nunca vou à Igreja… De certeza que ela na’me conhece!
( de repente) – Eia… que é iste!... é um peixe grande ‘tá cravade, aí vem ele… Eia que força ele tem… Ai Nossa Senhora e o seu Filhe também, ajuda-me a meter este peixe deve ser grande… olha Virgem Mãe em vez de duas velas ofereço-te quatro. (Pouco depois)
Ai jesus na’consigo, deve ser um safio grande, já me sint’e cansade!... ó Pai do Céu, se me ´tás óvir ajuda-me com a tua Santa mão! Entretanto a linha partiu-se e o peixe desapareceu. Ai a ‘nha vida, na´me podia acontecer coisa pior, Nossa Senhora ´tou desgraçad’e  secalhar Ela desconfiou de eu ter pedide tabém o Pai do Céu… Atão e agora Tonhe!- Entretanto o Ti’Tonho estava deseperado, o sol já ia se aproximando  do horizonte, quando  o pescador resolveu levantar o ferro  e voltar para terra, mas nesse momento reparou que havia um peixe grande ao cimo da água, perto da embarcação; ele não queria acreditar… O Ti’Tonho  levou  as mãos à cabeça e disse para si… Na’acredite deve ‘tar a ver mal!


Fim do 2º Episódio
Maria Francelina e José Balau.

1 comentário:

  1. Episódios da pesca, da Nazaré e de outras praias!! Conheço uma outra versão semelhante a esta que o meu pai me contou várias vezes, não sei se verídica ou inventada; mas deve ter algum fundo de verdade.

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