Nazaré,
Velhos Lobos do Mar Episódio Nº
1
Um original
de: Maria Francelina Ferreira Vieira e José Matias P. Balau.
Uma história que retrata a vida da nossa gente nos anos 50.
O relógio indicava seis horas, numa madrugada de Outubro.
O Ti’Tonho sexagenário, carregando nos ombros alguns apetrechos de pesca, dirigia-se à praia para iniciar mais um dia de trabalho.
Com a ajuda de alguns amigos, lançou ao mar a sua embarcação; já não era a primeira vez que isso acontecia. O seu habitual companheiro também com a mesma idade, andava um pouco adoentado e por isso ficou em casa, até se sentir com forças para continuar a vida da pesca.
Entretanto as pequenas vagas na maré deixavam o pescador tranquilo, e com a ajuda de uma ligeira brisa de leste, ele fez subir a pequena vela pegando rapidamente o leme.
O sinal da cruz no peito, e a sua oração habitual que o seu pai lhe ensinara desde a sua adolescência, não esqueceu de a rezar.Com os olhos fixos na Capelinha de Nossa Senhora de Nazaré, à beira do promontório, fazia o seu pedido com muita fé em voz baixa.
- Nossa Senhora de Nazaré, protegei - me nesta viagem e que esta brisa tão fresca me leve e me traga, para que os meus olhos vejam de volta a sua morada -A viagem demorava cerca de uma hora. As casas quase se perdiam de vista, quando o Ti’Tonho fez baixar a vela do mastro.Com o barco ancorado, pegou na sonda presa a uma longa linha e lançou-a à água para medir a profundidade em que se situava. Pouco depois verificou que estava no lugar que desejava. Depois de fazer o sinal da cruz no peito e com os olhos fixos no céu disse: Obrigada Nossa Senhora por me teres ajudado a chegar até aqui. Já agora, sem querer ser muit’e chat’e, eu gostava de pescar um peixe de valor, como sabes sou um pobre pescador.
Pouco depois, o anzol prendia um pedaço de lula, e só ia parar no fundo do mar. A linha segura na mão já bastante calejada, esperava que o peixe mordesse a iscada.
O relógio indicava seis horas, numa madrugada de Outubro.
O Ti’Tonho sexagenário, carregando nos ombros alguns apetrechos de pesca, dirigia-se à praia para iniciar mais um dia de trabalho.
Com a ajuda de alguns amigos, lançou ao mar a sua embarcação; já não era a primeira vez que isso acontecia. O seu habitual companheiro também com a mesma idade, andava um pouco adoentado e por isso ficou em casa, até se sentir com forças para continuar a vida da pesca.
Entretanto as pequenas vagas na maré deixavam o pescador tranquilo, e com a ajuda de uma ligeira brisa de leste, ele fez subir a pequena vela pegando rapidamente o leme.
O sinal da cruz no peito, e a sua oração habitual que o seu pai lhe ensinara desde a sua adolescência, não esqueceu de a rezar.Com os olhos fixos na Capelinha de Nossa Senhora de Nazaré, à beira do promontório, fazia o seu pedido com muita fé em voz baixa.
- Nossa Senhora de Nazaré, protegei - me nesta viagem e que esta brisa tão fresca me leve e me traga, para que os meus olhos vejam de volta a sua morada -A viagem demorava cerca de uma hora. As casas quase se perdiam de vista, quando o Ti’Tonho fez baixar a vela do mastro.Com o barco ancorado, pegou na sonda presa a uma longa linha e lançou-a à água para medir a profundidade em que se situava. Pouco depois verificou que estava no lugar que desejava. Depois de fazer o sinal da cruz no peito e com os olhos fixos no céu disse: Obrigada Nossa Senhora por me teres ajudado a chegar até aqui. Já agora, sem querer ser muit’e chat’e, eu gostava de pescar um peixe de valor, como sabes sou um pobre pescador.
Pouco depois, o anzol prendia um pedaço de lula, e só ia parar no fundo do mar. A linha segura na mão já bastante calejada, esperava que o peixe mordesse a iscada.
Fim do 1º
Episódio
Maria
Francelina e José Balau.
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