36º Episódio
Augusto – Tode não, mas ‘tou a pensar falar com o Manel pode ser
que ele consiga um empréstime na Casa dos Pescadores.
Maria – Olhe, boa ideia, s’ele conseguir isse era muite bom!
Augusto – À Maria, a Casa dos Pescadores já tem emprestado
dinheire a vários donos, quando o Manel chegar a casa já falemos com ele!
( Ao fim do dia o Manuel entrou em casa, a
mesa já estava preparada à espera dele. O Augusto aguardava com ansiedade a sua
chegada para saber se havia uma solução, no avanço de um empréstimo; já quase
ao findar da ceia o Augusto finalmente perguntou ao filho:) - Ouve cá Manel o pai queria fazer-te uma
pergunta!
Manuel – Diga lá se eu souber responde-lhe já!
Augusto – A Casa dos Pescadores costuma emprestar dinheire aos
pescadores, para ajudar a montar uma empresa?
Manuel – Mas o pai está interessado nisso?
Augusto –Sabes, eu já fui falar com alguém que quer vender uma lancha, mas o homem quer o dinhere tode e eu na’o t’anhe; por sinal ele é o homem da ‘nha prima o Artur, até ‘tá bastante doente… Por isse, ele quer vender tude já na’pode trabalhar. A metade do valor ainda eu arranjei mas o resto na’o tanhe! O homem pediu-me 5 contos, mas ele oferece todos os aparelhos.
Augusto –Sabes, eu já fui falar com alguém que quer vender uma lancha, mas o homem quer o dinhere tode e eu na’o t’anhe; por sinal ele é o homem da ‘nha prima o Artur, até ‘tá bastante doente… Por isse, ele quer vender tude já na’pode trabalhar. A metade do valor ainda eu arranjei mas o resto na’o tanhe! O homem pediu-me 5 contos, mas ele oferece todos os aparelhos.
Manuel – Afinal sempre tem mais dinheiro do que eu pensava… Olhe,
pode fechar o negócio eu trato do resto. Daqui por uns dias já tem o resto do
dinheiro.
(O Augusto ficou radiante. Sem perder
tempo foi avisar o Artur, o negócio estava fechado. Uma semana depois o Augusto
cumpriu com a sua palavra, pagou o valor acordado, e a empresa do Artur já
podia chamar-lhe sua.
Entretanto a Ana e a Carolina, vendiam o
peixe nos Casais nos arredores da Nazaré como de costume, era natural elas
encontrarem-se durante o percurso)
- Ana anunciava a sua chegada à porta dos
moradores :- É freguesas
venham ver a linda sardinha e o belo carapau seco, é lindo é lindo!
Carolina - ( Já perto da Ana
à parte dizia para si) É linde chê’d’areia… nunca mais me vou esquecer desta
colega ordinária, levantou - me um falso testemunho… Deixa lá, Deus ‘tá lá em
cima, um dia vais pagá-las todas!
Fim do 36 Episódio.
J.Balau.
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