34º Episódio
(Resumo anterior)
Carolina – Olhe senhor Cabe Mar, esta melher desde que chegou aqui, ’inda na’se calou só a prevocar-me!
Carolina – Olhe senhor Cabe Mar, esta melher desde que chegou aqui, ’inda na’se calou só a prevocar-me!
Cabo Mar – Calem-se coriscos negros, vocês
até me fazem perder a cabeça… Ouve cá Ana, eu não te disse para ficares calada
e manter a calma! Sem ver nada, calcule o que se passou, estás a culpar
Carolina não estás?
Cabo mar – Vocês já têm idade para terem juízo… Arranjem lá o
peixe e vão-se embora p’ra casa senão as coisas vão se resolver de outra
maneira!
( Carolina e Ana tinham finalmente
acalmado. O Augusto pai do Manuel, passando no estendal foi ao encontro da Ana
ainda um pouco ainda arreliada falava sozinha)
Augusto – Aconteceu aqui olguma coisa Ana, pareces nervosa vê lá,
queres que te ajude!
Ana – Olha, já agora dê-me aqui ma’judazinha neste costal… T’anhe tide hoje um dia desgraçade; é só prejuízes e ralações!
Ana – Olha, já agora dê-me aqui ma’judazinha neste costal… T’anhe tide hoje um dia desgraçade; é só prejuízes e ralações!
Augusto – Mas aconteceu olguma coisa, pareces estranha!
Ana – Agora s’aconteceu!...Você já viu, encheram-me o mê’pechinhe
chê d’areia, até era pa’ levar amanhã pa’vender nos casais… A invejosa da ‘nha
v’ezinha na’me pode ver!
Augusto – Espera lá, mas o peixe que ‘tava aqui à ponta era o teu?
Ana – Pois era, foi o cabe
mar mandou-me pa’este lade por c’osa da bicha da Carolina!
Augusto – Olha Ana, ouve o que te digo com calma… não culpes
ninguém, porque eu vi o que aconteceu ao teu peixe.
Ana – Mas o Ti’A’guste sabe d’olguma coisa!
Augusto – Sei sim, nunca devemos culpar ninguém sem sabermos a
verdade…Eu vi tudo Ana; O que aconteceu foi o seguinte: dois cães ‘tavam junto
ao peixe numa luta assustadora, a mordiam -se um ao outro onde a areia ia pelo
ar,
com os movimentos que faziam enquanto lutavam; fui até que os
enxotei com uma recoveira… Aqui tens a verdade, a Carolina está inocente!
Ana – À Ti’A’guste na’me diga isse, e eu a pensar que tinha sid’e
ela! Pa su’saúde na’diga iste a ninguém s’ela s’óber mata-me com desgostos; e
tem r’ezões p’ra isse!
Augusto – Pois é, se culpaste a m’elher tem razão de te dizer
algumas palavras que não gostes… Mas cá por mim, ‘tá descansada que eu faço de
conta que não sei de nada!
Ana – Obrigada e eu nem conte à ‘nha filha, s’ela só’ber traça-me
a vida
Obrigadinhe mais uma vez à
Ti’A’guste, o Senhor lhe dê uma boa sorte tabém!
Fim do 34º Episódio.
J.Balau.
Sem comentários:
Enviar um comentário