32º Episódio - O Filho do Pescador
Manuel – Olhe pai, a Maria
teve agora uma boa ideia, e eu até lhe posso ajudar; e nas horas vagas eu até podia
ir à pesca consigo!
Augusto - Já vi que vocês na’ vão ca‘nhas idé’as …Se calhar vocês até têm r’ezão… Olha, vou pensar melhor no caso, logo se vê!
(O Augusto ficou a pensar no futuro da sua vida.
Alguns dias depois, resolveu comprar uma pequena embarcação já usada.
Augusto - Já vi que vocês na’ vão ca‘nhas idé’as …Se calhar vocês até têm r’ezão… Olha, vou pensar melhor no caso, logo se vê!
(O Augusto ficou a pensar no futuro da sua vida.
Alguns dias depois, resolveu comprar uma pequena embarcação já usada.
(Entretanto a Rosa caminhava na direção do estendal, para recolher o peixe já seco para no dia seguinte vender nos arredores da Nazaré; mas, alguma coisa se passava no estendal, que ela ficou revoltada ao chegar junto do seu peixe)
Ana - Ai senhor... o que fizeram ao mê peixe... Quem foi a desgraçada que me quer assim tante mal! Àh!...Mas iste na'fica assim, eu vou chamar o cabe Mar...Olhem qu'estas ignerantes na me podem ver à melheres!...Tanhe o mê pêxinhe chê d'areia... Ai seu so'ber quem foi a o'tora deste trabalhe na'vai ficar a rir-se não... (Choramingando) Ande aqui arrastadinha, pa'ver se ganhe olguma coisa pa'comer e fazem-me esta desgraça... Esta gente na' tem coração migas!
( Ana dirigiu-se apressadamente à Capitania para dar conhecimento às autoridades do prejuízo que lhe tinham causado)
Ana - Dá l'eçença senhor. Olhe eu vanhe aqui queixar-me do prejuízo que me fizeram no estendarte, tanhe o pexinhe tôde chê d'areia:
Cabo Mar - Então e já sabe quem foi?
Ana - Não sei mas desconfi' quem seja.E atão era a venda para amanhã, veja lá a minha sorte!
Cabo Mar - Oiça cá, o que quer você que eu faça sem saber quem foi!
Ana - Na'foi senão a 'nha vizinha, até lhe tirava os olhes da cara!
Cabo Mar - Tirava-lhe os olhos... Tenha calma se não tem a certeza que foi não a pode julgar ninguém!
Cabo Mar - Tirava-lhe os olhos... Tenha calma se não tem a certeza que foi não a pode julgar ninguém!
Ana - E atão e é assim... Eu 'tou a ver que o snhor na'sacredita de mim... Eu nunca t'anhe sorte, já avia de vir 'ma morte que me levasse pa' sempre!
Cabo Mar - Tenha calma senhora, eu estou aqui para a ajudar a resolver o caso e fazer justiça!
Se sabe quem foi que lhe causou o prejuízo, venha cá que eu trato do caso.; agora não lhe posso fazer mais nada. Quer um conselho... Vai agora com muita calma limpa o peixe se já estava seco, e aprovei-te o mais que poder e prepare a venda para amanhã... Mas cuidado com as provocações no estendal. Não há nada que se faça que mais tarde não se venha a saber! Vá lá com Deus!
Ana _ Adeus. Eu vou resolver iste à 'nha maneira!
Fim do 32º Episódio
J. Balau.
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