sábado, 9 de maio de 2015

4º Episódio -A Costureira


4ª Episódio –A Costureira

Amélia – À queride filhe da nha alma obrigado! Olha vou pedir-te uma coisa ,na”perguntes nada ò tê pai sobre o lance òviste!.
Ouve cá,a tua irmã ?
Manuel – Tá aí dentre com uma freguesa. ( Amélia dirige-se à sala)
Amélia – À meus amores, boa tarde.
Judite e Rosa. – Boa tarde.
Judite – Atão mãe, o que tirou a rede?
Amélia – Nada bem filha, ainda por cima nem um peixe vi dentro do saco. Andemos mal guiados! Olha na”perguntes nada ó tê”pai, hoje na”se pode falar com ele “tá cansadinhe, desde madrugada
 Rosa – È muite triste, as pessoas levam tante trabalho tante p”ra nada!
Bom, à Judite eu vou andando, amanhã venho falar contigo.
Amélia – (diz para a Judite) À filha vou arranjar alguma coisa para vocês comerem… O tê pai há-de ‘tar por aí a chegar…Olha parece ele que vem aí!
   (João, entra muito arreliado dizendo em voz alta já dentro da sala)
João – (enervado) Já havia de cair um raio, cavia arrarrar com isto tude! Arre chiça iste já é azar demais!
(Amélia Judite e Manuel ficam admirados com o desabafo do João)
João – Ninguém me tira da cabeça, há aqui alguém nesta rua, que na” me pode ver… e não é senão a viúva, da A”gusta !
Amélia– (Aflita) À homem na”digas essas coisas, Deus pode-te castigar!... Coitada da melher… Bem basta a pouca sorte dela!
Judite – À mê”pai, vossemecê quer tude com Deus Nosse Senhor, e agora está acreditar em bruxarias!
João – (diz com vigor) Eu cá tenhe a “nha razão… Aquela melher sempre que passa por mim, deita-me cá uns olhes, parece que me quer comer vivo!
Amélia – Isse do olhar na”quer dizer nada. Olha, na”ache que a melher seja má e bruxa!
Jõao – À não… olha se não é bruxa, fala com elas.Nã”te esqueças que o homem dela morreu na minha companhia; ela pode ter-me raiva, por causa disse Amélia... Ela já se esqueceu, que eu, ia ta’bem morrendo p’ra tentar salvar o falecido?! Eu ta’bém ia morrendo Amélia…Foi um milagre,se na’fosse o filho do Bezugo, a esta hora já ‘tava no cemitére!
Judite – À mê”pai, vocemeçê na” pode pensar agora nisse, o homem já morreu há tantos anos, e ela agora já tá conformada. Olhe, ela é minha freguesa, e eu nunca desconfiei dela, dessas coisas de bruxarias!
Estas coisas de bruxarias é para gente com outras maneiras!

Fim do 4º Episódio

J. Balau

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