segunda-feira, 11 de maio de 2015

5º Episódio - A Costureira


5º Episódio – A Costureira

(Amélia na cozinha ia tratando da última refeição.
João junto do lavatório lavava as mãos e a cara preparando-se assim, para tomar a
 última refeição na companhia da família. Judite, deixava a costura para se juntar à mesa
 e o Manuel, também arrumava os livros na saca com a mesma finalidade. Amélia, 
esperando que todos se sentassem, aproximou-se da mesa)
Amélia – Estão prontes... Vá lá, ponham-se de pé.
 (Depois de todos fazerem o sinal  da cruz, Amélia diz) Abençoai Senhor, esta nossa 
refeição, e lembrai-vos os nossos inimigos e os pobres que nada têm. Em nome do Pai 
e do Filho e Espírito Santo. Amem.
João – (em tom irónico) Ouve cá Amélia, tás a pedir também pa”quela bruxa…hás-de
 ganhar muite com isso!
(sentam-se todos)
Amélia – Q”rede João, até à mesa tás a pensar em coisas do diabo! Ò menes  respeita 
o lugar onde ‘tás! (Faz o sinal da cruz no peito)
Judite - Olhe pai, por isse é que Deus não o ajuda…Dê graças  ao  Senhor, de vossemecê
 ter hoje esta refeição, há muita gente a esta hora que não a tem!
(Enquanto todos comiam, fez-se silencio por alguns momentos
Mas o Manuel rosolveu falar e disse:)
Manuel – Agora estou a lembrar,o que o Sr.Prior disse na missa no Domingo.
Mário - Eu tabem ó’vi. Olgumas pessoas até tavam a resmungar!
Amélia – Vê lá como falas mais respeito à mesa Mário…Eu tabém óvi muito bem, ele dezer
 mas foi ‘mas verdades!
Manuel – À mãe na”sei se devo dizer!
(Todos olharam para o Manuel)
João – Diz lá filhe, se’calhar falou das invejosas e das más vizinhas que há por aí a falar
 da vida alheia!... É só pa” que servem!
Manuel – Na”foi nada disso. O senhor Prior, disse que a gente não devemos querer mal
 aos nossos inimigos.
Mário – E vizinhos “que é um grande pecado.
João – (levanta-se e diz) Olha, o Sr. Prior se passasse p”aquilo q”ueu já passei, na”dizia 
esse disparate…Ele na”sabe tude… ele que vanha morar nesta rua!...agora o 
padre à Oh!...ele tem  muite q”aprender com esta gente.
Amélia -Chega, acabou-se a conversa! (batem à porta,Mário vai abrir)
Mário – À mãe é a Ti”A’gusta. Entre.( todos ficaram nervosos).
Ti”agusta- À... “tão a jantar, desculpem lá! Ouve cá Amélia, na”tens aí um raminho de salsa
 que me emprestes. Se eu sei na” vinha agora!
Manuel – Agora não há remede já entrou!
Amélia - (levanta-se rapidamente) Tenho sim. (dirige-se ao local e tira um ramo de salsa exposto num copo e entrega à vizinha e diz: )
Amélia – toma lá, governa-te melher.
TI”Augusta – Obrigado, bom apetite e passem bem a noite.
João – (trocista) Bom apetite… o que vale, é que já acabei de comer,ó’canão perdia já 
a vontade. Tás a ver Amélia… falar no mau aparelhar o pau! Na”m”admira nada, que”la 
na”vá fazer rezas aquela salsa, pa”destruir a “nha vida. (Diz com vigor) Vocês tão òvir 
bem, desta casa, já não sai nada p”ra quela melher,ò’viram bem!
Fim do 5º Episódio

J.Balau.

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