J. Balau.
Último Episódio 51º
A Rosa ( a noiva) estava um pouco nervosa antes de sair para a Igreja. Em casa do José o (noivo) também orientava os seus acompanhantes. Três táxis partiram a caminho Igreja do Sítio ao encontro da noiva, como tinha sido combinado. A Rosa chegou um pouco depois. Estava tudo pronto para a entrada solene na Igreja. Uma hora depois, a cerimónia tinha chegado ao fim. Depois das habituais fotografias, os noivos e os convidados dirigiram-se para a Pensão Europa, para o início da boda.
Depois do noivo dar o sinal para início da Rosa tudo corria com normalidade. A Lurdes e o João simpatizaram um com o outro. O João que não era de muitas conversas mas, a certa altura perguntou à Lurdes : - Ouve cá, tu nunca sais de casa?
- Eu… todos os dias saio, tenho que tratar da minha tia, e vou às compras depois o resto do dia, quase sempre fico em casa.
- Então quer dizer que não namoras com ninguém?
- Eu não. Ainda só tenho dezanove anos mas, quando namorar algum tempo depois, espero casar.
A minha tia, já me disse que não quer namoros muito longos, porque ela é muito doente e, não gostava de morrer sem me deixar amparada mas, ainda sou muito nova para casar! Olha os convidados já estão a olhar muito para nós; se’calhar até já julgam que somos namorados|
- É normal eles pensarem assim… Mas continuando a nossa conversa, eu não tenho a mesma opinião, por seres nova não possas casar… A minha mãe, casou quando tinha dezassete anos; Há por aí meninas mais novas que já são mães e com filhos grandinhos!
- Isso são elas, não sou eu… Cada um pensa como quer!
- Está bem, eu respeito a tua ideia. É verdade agora que somos compadres, não me queres apresentar à tua tia?!
- A propósito de quê? Vai comendo que já estão a servir o segundo prato e ainda vais no primeiro!
- É porque eu, estou a gostar muito mais desta conversa do que da sopa… Eu simpatizei contigo desde o início do nosso encontro… não se sabe ainda que o futuro nos reserva! Foi mesmo atração à primeira vista, acreditas?!
- Se dissesse que não, mentia mas, eu vou falar com a minha tia, depois digo-te alguma coisa.
A boda continuava com muita alegria entre os convidados até a Rosa e o José estavam muito sorridentes, acompanhando a festa com a mesma animação.
- Mais um brinde aos noivos, e um beijo a pedido dos mais alegres, e assim acabou a festa tão desejada dos mais ambiciosos, a Rosa e José.
Lurdes no dia seguinte, pôs a sua tia ao corrente do que se tinha passado, durante a cerimónia, não faltando também o pedido do João, para ser apresentado como compadre da Lurdes.
E assim aconteceu. Constância tia da Lurdes cheia de curiosidade aceitou a visita do João.
No dia seguinte João batia à porta.
Lurdes quando apresentou o João à sua tia, esta ficou muito contente.
- Então rapaz, gostaste do casamento?
- Gostei muito minha senhora, não falando da surpresa que estava guardada para mim!
- E então, não há necessidade de contares a surpresa mas, se ficaste contente tudo bem…
A minha sobrinha já me disse que também gostou muito, foi uma boa experiência!
Se me permite dizer à senhora, eu fiquei encantado com a Lurdes, eu pouco a conhecia, é raro
Vê-la pela rua!
Sim tens razão, ela está a tratar de mim, deixa que te diga melhor, ela trata de mim melhor do uma
Do que uma filha... Ela merece ter sorte no futuro, por isso ela sabe que ela é a minha única herdeira.
- Eu sou um simples pescador mas, gostava muito que eu e a Lurdes ficássemos a ser namorados, acho que ela, também tem a mesma opinião!
- Pois é… Isso é com ela, se gostarem um do outro, eu não me oponho a essa vontade… E isso de seres pescador, tem o mesmo valor do que outra profissão superior. O que é preciso é seres honesto, trabalhador e fiel.
- A Lurdes ficou contente, ela realmente gostava do João. Constância deu o seu sim depois da Lurdes concordar com o namoro.
Um ano depois de namorar, a Lurdes e o João, lá estava na Igreja para se realizar mais um casamento. E assim os bravos pescadores na luta com o mar também tinham as suas Histórias e lutas mais agradáveis. E foram felizes para sempre.
Fim da história.
José Balau.
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