terça-feira, 10 de setembro de 2013

24º Episódio

24º Episódio

Maria cedeu ao pedido de sua irmã, para a ajudar a tratar dos ferimentos causados pela

discussão, entre ela e o seu marido;. Depois da Maria comprar os medicamentos perguntou

ao farmacêutico quanto era a despesa.

- Vai-te lá tratar da mulher, isso já tá pago. Na se esquecem, de pôr esse malandro na rua é

o que ele merece… Ele que vá p’ra casa da mãe dele, ele é de má raça; mas,há ainda pessoas

boas no mundo,nunca vou esquecer a tua mãe, ela fazia alguns serviços em minha casa, e

foi ela que cuidou de mim muitos dias quando era criança; ela era muito educada e

trabalhadora . Olha, já agora não te esqueças dar o recado ao teu sobrinho, ele que venha

aqui falar comigo!

- Sim senhor Armando, Deus lhe dê muita saúde e sorte, mais uma vez muite obrigado!

- Maria ficou feliz, pois percebeu logo que o senhor Armando, talvez quisesse ajudar o

seu sobrinho; era muite bom um emprego em terra, escusava de enfrentar o mar… Olha, na

podia vir em melhor altura esta notícia.

Rapidamente, Maria chegou a casa com o medicamento e também com uma grande

novidade.

- Já qui’tou à Vergina. Trago aqui os remedes co’senhor Armando m’aviou, ele na’quis

denher nenhum…‘Tás óvir Vergina!

- ‘Tou óvir melher, eu mal posse falar, só tanhe dores no corpe tode!

- Olha, agora vou já esfregate com o alc’ar- canforado quele me deu… Tu na tans por aí uns

paninhos de lã, pa’te cobrir depois de te esfregar?

- Ai senhor… onde eu tanhe isse agora, eu na’ me posse mexer!

- À melher, diz-me mais ó menes, que’u procure, a casa na’é assim tão grande!

- Olha, vai ali aquele móvel, deve lá’tar ma’camisola já velhinha, podes resgá-la aos

bocades e serve-te à vontade; primêre ‘tá a nha saúde, que se lixe a roupa!

- Prontes, já dê com ela, é esta na’ é!... Há sempre solução p’ra tude melher ‘tás a ver!

Entretanto o José entra em casa muito preocupado, e dirigiu-se ao quarto de sua mãe.

- Já tá’í tia?

– Já vim à bocade da botica.

- Olhe mãe, o pai fui dar com ele na taberna, a discutir ca’Ti’Ana… Quer à força ca’melher lhe

venda vinhe, eu já ‘tive a ralhar com ele; Até parece que tá louque, na’dá crete a ninguém!

- Esse ordinare, tem que levar ‘ma grande lição … Nunca na vida, vou esquecer o que’le me

fez ó mê corpinhe!

- Á sebrinhe dêxa lá… Iste quem torte nasce, tarde ó nunca sem’derêta!

- Olha, ‘tão aqui duas piulas pa’dares à tu’mãe, uma à noite e outra amanhã de manhã, iste

é pa’leviar as dores. Eu já lhe esfreguei as costas e as pernas, e amanhã venhe ó’tra vez fazer

a mesma coisa. É verdade eu tanhe um recade p’ra ti o senhor Armande disse pa’tu ires sem

falta falar com ele; se fosse a ti ia já amanhã!

Fim do 24º Episódio

J. Balau.

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