segunda-feira, 9 de setembro de 2013

23º Episódio

23º Episódio

Maria, estava muito revoltada com atitude do Virgulino, depois de lhe dar uma lição de moral, resolveu cuidar de sua irmã. João tinha pedido auxílio a pedido de sua mãe.

- À tia, dêxe - o lá, ele agora na’ vai ter sossegue comigue se na’ganhar juíze… Perdeu o respête à nha mãe e à famila toda!

- Virgínia estava um pouco preocupada.

- À Maria, na’ta’poquentes deixa lá esse ordinare… Olha lá chega-te aqui ó pé de mim, eu q’ria falar contigúe, to’m aqui chê’inha de dores. Ajuda-me p’la tua riquinha saúde…

- Eu face idé’a!... Mas tu nunca mais vais ter sossegue na tu’vida, com esse malandre…

Mostra-me lá o corpe… Àh!!! Virgem mãe Nossa Senhora… Com’e tu tens as pernas, tão chê’as de nodas negras… Iste na’ se faz a uma melher, que anda arrastadinha de manhã à noite, pa’sustentar um assassine!

- Entretando o João falou com a Maria.-

- Olhe tia, o mê pai já saiu de casa, vai aí levade pa’rua abaixe!

- À vai… Dê’xó ir, ò menes na’me mete mais nerves ca’queles que’u já tanhe…

Mal empregade na’sa’tirar ò mar… Olha, nunca desejei mal a ninguém, mas só de ver a tu’mãe assim, na’dê’xava pena nenhuma, quele desaparecesse!... O Senhor me perdô, que’u na goste nada dezer estas coisas!

- Olha à Vergina, vô à botica do senhor Armande, pa’ver sele me reçêta olguma coisa pa’judar alviar essas dores. Na’me demore nada!

- Maria, quando chegou à Farmácia, o farmacêutico conhecendo a Maria, perguntou-lhe o que se passava.

- Olhe, à mê rique senhor Armandinhe, foi a besta do mê quenhade, deu ma’carga de perrada à Vergina, pá via dela le dezer mas verdades… Olhe dêxô - a toda negra, coitada ‘tá chê’a de dores nas pernas e nas costas… Até já pinsei quela pode ter ma’costela partida! Ela nem pode respirar bem.

- Olha Maria, por acaso conheço muito bem essa família, a tua irmã que o ponha na rua, e lhe dê um bom ensino… Eu nunca ouvi dizer, que ele lhe batesse!

Ouve cá o teu sobrinho já fez a 4ª Classe?

- À senhor Armando eu penso que sim… Ele é um rique rapaz, e bem criade. Ele foi me pedir pa’tratar da nha irmã… Ele gosta muite dela!

-- Ouve cá ele já foi à tropa?

- Ainda não!

- Mas olha, manda-o vir falar comigo, preciso de falar com ele. Ele é bom rapazinho merece que o ajudem.

Bem. Vai lá dar socorro à tua irmã. levas esta garrafinha de álcool canforado, esfrega bem até ficar quentinha. Levas também estas duas pílulas para aliviar as dores., dá-lhe uma de manhã e outra à noite com uma bebida quente.

Fim do 23º Episódio

J. Balau.

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