Episódio 32º – História de Vidas.
Maria, depois de dialogar com os pais sobre o seu futuro, tomaram a última refeição e de um pequeno serão, foram dormir.
Em casa do Mário, também aconteceu o mesmo.
No dia seguinte. O Mário depois do pequeno almoço, dirigiu-se ao local de trabalho. O seu patrão, depois de distribuir o serviço, disse para o Mário:
- Mário, vais ao barco do Anastácio, que está em frente da lota e vês o que precisa ser consertado, parece que tem uma tábua no fundo que precisa de ser substituída, mete muita água; se tu não te entenderes com o serviço vens aqui falar comigo ouviste!
- Assim aconteceu, o Mário depois de preparar a ferramenta dirigiu-se ao barco. O Anastácio, estava esperando pelo empregado acompanhado de alguns companheiros.
O trabalho a executar era numa das tábuas do fundo, o barco já estava voltado para se conseguir facilitar o serviço. Mário quando chegou junto da embarcação, disse bom dia a todos os presentes; O Joaquim amigo do Mário, de outros tempos ficou calado, já não se falavam desde o caso do roubo do chumbo.
- Bom dia Mário, és tu que vens fazer o trabalho?
- Sim sou eu Ti’Anastácio, mas se for preciso vir cá o meu patrão eu vou chamá-lo.
- Está bem Mário, o que a gente precisa é que fique o trabalho em condições!
- Não se preocupe, esteja descansado eu vou ver o que posso fazer!
- O Joaquim escutou o diálogo entre o mestre e o Mário, mas não ficou contente de saber que o seu rival ia fazer o conserto. Em voz baixa, comentou com um colega dizendo: - Desta vez é que vamos todos para o fundo, o Mário não tem experiência nenhuma destes consertos!
- O Mário percebeu que o Joaquim, não estava contente de o ver ali, mas não ligou, não convinha arranjar problemas no local de trabalho, com uma pessoa que já tinha tido antecedentes desagradáveis. O Mário começou então o trabalho. Mais tarde, foi buscar uma tábua nova para colocar no arrombo. Neste intervalo, O Joaquim não se afastando do lugar da embarcação, comentou com a mestre.
Oiça cá Ti’Anastácio, você acha que o serviço vai ficar em condições, o Mário ainda anda aprender o ofício, e já vem fazer um serviço de responsabilidade, Deus queira e Deus queira!
- Ouve cá Jôquim, por acaso tu percebes alguma coisa de calafate!... O patrão mandou-o para aqui, é porque sabe o que está a fazer… Agora se tu na’podes ver o moço, ou se tens inveja dele, guarda isso p’ra ti e na’vanhas arranjar problemas!
- Eu tabém quero é que o arranjo fique bem feito, a gente é que andemos no mar.
- Olha, já que falas no mar, o rapaz ainda há pouco tempo, salvou um homem arriscando a sua própria vida, e tu estavas lá a ver e na’fizeste nada… Vês como as coisas acontecem!... Olha vai mas é dar uma volta que eu já vi que tu na’podes ver o moço!
- O jovem Joaquim depois de o arrais dar-lhe uma lição, afastou-se bastante aborrecido.
Pouco depois chega ao local da embarcação, o Mário e o seu patrão com um pedaço de tábua.
- Bom dia Augusto, então veio ver o serviço?
- Bom dia.Sim, o Mário já me explicou como se encontra as tábuas do fundo; venho só ver, para ter a certeza se na verdade é como ele diz.
- Pouco depois. Olha Anastácio, o resto do fundo está bom, eu vou dar agora uma ajuda ao Mário, para adiantar o trabalho!
- Entretanto o Joaquim, rondava perto a espiar o que ia acontecendo. Ele queria arranjar um problema ao Mário, mas por enquanto não estava conseguindo.
Fim do 32º Episódio.
J. Balau.
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