quarta-feira, 14 de março de 2012

13º Episódio–História de vidas

13 Episódio – História de vidas

Mário ia conversando com o seu colega, a caminho do trabalho. Entretanto fez uma pergunta ao colega.

- Olha, a filha do patrão deve ter uns 20 anos.

O António, avisou o Mário para que no futuro, tivesse cuidado com a filha do patrão.

- Na me digas que ela é queixinhas, tabém já era tempo de namorar… Olha temos a chegarão estaleiro, a gente depois conversa sobre este assunto.

- O patrão Augusto, distribuiu o trabalho entre os quatro empregados. O Mário, desde o dia anterior já sabia o que tinha que fazer: endireitar uma quantidade de pregos, guardados num pequeno caixote. Não muito satisfeito, começou a sua função. Mas, a sua ideia estava pensando constantemente na filha do patrão. Dizia para si: - A rapariga é mesmo bonita… Até parece um manequim. Pouco depois a Lurdes entrava no estaleiro, com o pequeno almoço para o seu pai.

O Augusto, foi ao encontro da filha e disse-lhe: Ouve cá Lurdes, agora é que vens, já são onze horas da manhã?

-O Mário estava perto e ouviu a conversa.

- Olá, ela chama-se Lurdes, até o nome é bonito como ela!

Lurdes explicou ao pai a razão da demora.

- Oiça pai a mãe esta manhã não se sentiu bem, e eu tive que ajudá-la a levantar, para se sentar no cadeirão; depois fiz-lhe chá e agora ela sente-se melhor… Mas eu tenho que ir já para casa, tenho medo que a mãe precise de mim. Oiça cá, o pai não levou ontem a lenha para o fogão, já tenho pouca no quintal.

- É verdade, tens razão esqueceu-me completamente. Mas eu mando o empregado já contigo com uma pouca de lenha, e logo à tarde eu levo o resto.

O Augusto chamou o Mário.

- Mário chega aqui. Vais agora com a minha filha levar um pouco de lenha a minha casa, mas nada de demoras ouviste!

Mário, ficou contente com a notícia que o seu patrão lhe tinha dado; pouco depois lá ia ele a caminho com a lenha às costas, sem dizer palavra. Lurdes a certa altura perguntou ao Mário.

- Tu és novo no emprego não és, como te chamas?

Mário olhou para a rapariga, disse-lhe: Eu tenho andado ao mar, mas como não se tem ganhe nada, resolvi seguir com a minha vida em terra, a minha mãe pediu ao teu pai, e estou a ver se consigo aprender o ofício de calafate.

- Se tiveres vontade vais conseguir. Mas eu dou-te um conselho, procura ser educado é uma das coisas que o meu pai, aprecia num empregado. Olha estamos a chegar a casa, vamos entrar pelo quintal.

Mário depois de cumprir com a sua missão, voltou rapidamente para o estaleiro para que o patrão não desconfiasse de alguma coisa.

- Augusto ao ver o Mário a entrar admirou-se.

- Ó Mário, tu já foste levar a lenha a casa?

- Já sim senhora, agora já sei onde o patrão mora.

- Foste depressa… Bom continua lá com os pregos tens muito que dar ao dedo!

- A sua filha é muito bonita, ela merece que a ajudem!

- Achas que ela é bonita… O que queres dizer com isso!

Fim do 13º Episódio.

José Balau.

Sem comentários:

Enviar um comentário