sábado, 6 de agosto de 2011

História do –Sacristão

História –O Sacristão 15º Episódio

A Laborinho (103)

- O sacristão mandou a Júlia confessar-se ao Pároco, pelos pecados que tinha cometido.-Um mês depois, os voluntários que salvaram a vida dos quatro pescadores, foram condecorados numa cerimónia simples, junto à Capitania. Houve alegria e lágrimas, entre os presentes. O mês de Maio estava no fim, numa altura em que a pesca artesanal, estava em crise. Muitos pescadores, andavam preocupados com a falta de peixe na enseada. O sacristão, continuava com a sua vida na sua horta, continuando ajudar o Pároco no serviço religioso. Um dia, o Francisco dirigiu-se à praia, para falar com alguns amigos. Junto à taberna do Alberto, Alguns amigos dialogavam sobre o futuro da vida.-

- Bom rapaziada.

- O Manuel, mais popular e brincalhão saúda o Francisco.

- Olha o nosso sacristão por aqui!

- Francisco retribuiu a todos os presentes, com a mesma simpatia que fora recebido -

- Então como vão vocês… E essas pescarias, tem valido a pena?

- As pescas agora vão mal Francisco, não tem valido a pena…O mar parece que está seco! Ó Francisco, um dia destes t’ans que vir ajudar a gente alar a rede, temes sempre fé com a tua presença!

- Francisco, pouco ou nada ligou à conversa do pescador, mas não deixou de participar na continuação do diálogo.

- Pois é assim, a crise vem sempre todos os anos… Nem há peixe, nem morre ninguém!

- A risada foi geral, quando ouviram o desabafo do Francisco. O Manuel, achando piada adiantou:- Esta ‘tá boa, como você é sacristão sempre ganha alguma coisa em cada funeral… Tem razão, mas queira Deus, comigo você não ganha nada.

- A conversa estava animada,cada um contava a sua graça, até que chegou a hora do almoço, e todos regressaram a casa.

Meses depois, já em Novembro a crise continuava. O Verão não tinha compensado o trabalho dos pescadores quase diário. Muitas famílias receavam o Inverno. Preocupado com esta situação, o Pároco pedia a Deus nas suas orações, para ajudar os pescadores na sua faina. Um certo dia na Capela do Santo António, no fim da  Missa, o Pároco falou aos presentes sobre a crise atual.

- Meus Irmãos, como sabeis os pescadores estão atravessando um período muito mau. Não têm tido lucros, para poderem sustentar as suas famílias. Só o mar poderá dar esse alimento, que tem faltado no dia a dia.Todos devemos pedir a Deus, que haja peixe em abundância para todos. Na próxima semana o Francisco virá aqui a esta Capela, rezar o terço todos os dias pelas seis horas da tarde. Era importante a vossa presença, se tendes fé e acreditas em Deus ,então não recuses este convite que vem de Deus, e não de mim. Por falta de saúde, eu não poderei estar presente, mas à mesma hora, eu estarei em casa a rezar com a mesma intenção.

Fim do 15º Episódio . J. B.

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