26º Episódio
- Ti’Afonso
informou o rapaz -
- À migue
vans procurar o tê pai… Ele saiu à bocade ca’ tu’mãe!
- Ela veio
aqui chamá-le?
- Sim veio.
Mas o que se passa?
- (O Zé estava nervoso) -
À Ti’Afonse venha comigue a ‘nha casa pa’su saúdezinha…A ‘nha mãe’tá no
chão feita num molhe e eu na’ som’ capaz de levantá-la.
O mê pai hoje, tem que me` óvir!
O mê pai hoje, tem que me` óvir!
- Mas afinal
o que se passou? Vames lá rapaz.
( Assim que chegaram a casa, o Ti’Afonso e o Zé tentaram
estender a vítima na melhor posição. Ao ver o sofrimento da mulher o Ti’Afonso
ficou enfurecido; o rosto da vítima e os braços tinha marcas de sangue.)
- Iste na’se
faz a um ser humane! (desabafou o
Ti’Afonso)
- A nha mãe
trabalha como ‘ma negra, sem ter valor nenhum… ‘Inda hoje me desserem qu’ele
fez um calote na taberna, e agora é iste como você vê Ti’Afonse… Eu na’le
perdô.
- Olha
migue: - Isse do rol na taberna é verdade. A Ti ‘Ana ‘inda agora le disse que
na’le fiava mais nada. Se calhar a tu’mãe coitadinha disse-lhe algumas
verdades; ele já vinha danade de discutir co’ mestre e ópois a Ti’Ana na’le
fiou, ficou danade quem as pagô foi a tu’mãe!
- O Zé já tinha ido à loiceira buscar vinagre para lhe dar a cheirar e chapinhar-lhe as fontes, foi quando ela começou a abrir os olhos e reparar onde estava disse :
- O que foi iste… ai que dor eu tanhe na nha cabeça e nas costas, nem posse respirar!... Eu desqueti co´tê pai filhe, mas na’ me perguntes por mais nada queu na’me lembre!
- O Zé já tinha ido à loiceira buscar vinagre para lhe dar a cheirar e chapinhar-lhe as fontes, foi quando ela começou a abrir os olhos e reparar onde estava disse :
- O que foi iste… ai que dor eu tanhe na nha cabeça e nas costas, nem posse respirar!... Eu desqueti co´tê pai filhe, mas na’ me perguntes por mais nada queu na’me lembre!
- O mê pai
vai ter muite que contar sobre esta atitude cruel p’ra vomecê!
Ai ai, a nha mãe Ti’Afonse, ela é a trave desta casa… É ela que ganha po’ pão de cada dia e o mê pai na’quer saber de nada!
Ai ai, a nha mãe Ti’Afonse, ela é a trave desta casa… É ela que ganha po’ pão de cada dia e o mê pai na’quer saber de nada!
- Olha migue,
toda gente sabe as pessoas na’são cegas… A tu’mãe é uma melher séria e
trabalhadora; na’queiras seguir o inzemple do tê pai, se na’ gostas da vida do
mar, vê se arranjas qualquer coisinha em terra, orienta bem a tua vida, pa na’ficares à custa da tu’melher… O que o tê’
pai ‘tá fazer é uma vergonha!
- O mê pai
tem que começar a trabalhar, eu na’vom deixar ter sossegue!
À Ti’Afonse, ajude-me a pôr a nha mãe em cima da cama, ela ‘tá arrefecer aqui no chão. À querida mãe na’me dêxe queu na’tanhe ninguém no munde.
À Ti’Afonse, ajude-me a pôr a nha mãe em cima da cama, ela ‘tá arrefecer aqui no chão. À querida mãe na’me dêxe queu na’tanhe ninguém no munde.
- Ai ai que
dores filhe, ‘tou toda partidinha!
- Tenha
calma mãe você vai ficar boa.
Obrigadinha à Ti’Afonse, ela assim ‘tá melhor. Eu vou procurar o mê pai.
Obrigadinha à Ti’Afonse, ela assim ‘tá melhor. Eu vou procurar o mê pai.
- Pouco
depois o Zé deu a beber à sua mãe uma bebida quente, para a confortar do mau
estado físico. Mas o Zé não se confortava com a dor de sua mãe; resolveu de
imediato ir à procura do seu pai.
Fim do 26º Episódio
M. Francelina e José Balau.
no-temp-dos-barretes.blogpot. com
Fim do 26º Episódio
M. Francelina e José Balau.
no-temp-dos-barretes.blogpot. com
Sem comentários:
Enviar um comentário