Episódio Nº 53 – O filho
do Pescador
Carolina – À Mariana, tu na’achas estranhe o teu namorade na’se
interessar p’lo casamente… ele na - te diz nada?
Mariana – À
mãe por acaso não, ele só me tem dite
que temes que marcar o dia e pouco mais!
( Em casa da Carolina a sua filha
despedia-se de sua mãe. O namorado acompanhava a Carolina para apresentar a sua
futura esposa aos seus pais em Santarém.)
Carolina – À filha leva d’enher contigúe podes precisar de alguma coisa. Faz boa viagem e na’tejas lá muite tempe… Olha vou limpar a casa que alugamos ontem, tem pouco espaço , mas p’ra vocês dois chega muite bem!
Carolina – À filha leva d’enher contigúe podes precisar de alguma coisa. Faz boa viagem e na’tejas lá muite tempe… Olha vou limpar a casa que alugamos ontem, tem pouco espaço , mas p’ra vocês dois chega muite bem!
Mariana – Tábem
faça lá isse. Adeus mãe, Deus queira que me corra tude bem… Sabe ‘ma coisa, ‘tou
a ficar cheia de nerves… eu nunca saí da praia na’conhece nada!
( Entretanto em casa do Augusto, o
Manuel chegava a casa para almoçar. O seu pai já tinha composto a mesa,
enquanto a Maria tinha ido às compras )
Manuel – Boa tarde pai. A Maria não está aqui?
Manuel – Boa tarde pai. A Maria não está aqui?
Augusto –
Não filhe, a Maria foi à loge comprar algumas coisa pa’ir levar a casa do Francisque; tanhe a
impressão que ele anda a passar fome mais a melher…
Coitade, ele
na’tem ide ó mar pa’tratar da triste que ‘tá bastante doente!
Manuel – Eu também tenho pena deles… Viveram sempre com dificuldades!
Manuel – Eu também tenho pena deles… Viveram sempre com dificuldades!
( entretanto a Maria chegou a casa)
Maria - Olá
Ma’nel bom dia. Olha já comprei comestível, para ir levar a casa do Ti’Francisco
depois do almoço.
Manuel – Olha Maria, leva também uns carapaus, a gente não precisa de tanto peixe.
Manuel – Olha Maria, leva também uns carapaus, a gente não precisa de tanto peixe.
( Depois do almoço, a Maria fez a
entrega dos alimentos em casa do Francisco, este emocionado agradeceu á benfeitora,
com a lágrima a cair no rosto.
No dia seguinte, já a meio da tarde
alguém regressava a casa da Carolina muito preocupada)
( Mariana entra em casa muito chorona)
Mariana - Mãe
á mãe… Na’tá’ ninguém em casa… ( fala só)
à melheres iste é ‘ma vergonha, o ca’quele
ordinare a’via de me fazer! Nunca pensei que me ia acontecer ‘ma desgraça destas
… Alguém ‘tá entrar em casa, deve ser a ‘nha mãe!
Carolina – À
querida filha já vieste da viage… mas tu ‘tás a chorar, o qu’aconteceu!
Mariana – À mãe
mãe, ‘ma desgraça ‘ma desgraça!
Fim do 53º
Episódio
J. Balau.
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