Episódio
Nº45
Voz de um adulto – S’aquela moça fosse da ‘nha família, já ‘tava armada na praia, é rapaz tu foste agora um malcriade, a criatura ia no caminhe dela na’tinhas o direit’e de largar p’raí bocas p’ó ar… Fez ela muite bem, és sempre o mesmo, já tens um filhe era já tempe de’teres juíze!
Maria – É por causa destas ações, é que eu ainda estou solteira… Vão largar bocas à família de vocêzes!
Ana – Que é isse Maria…Vais aí a falar sozinha aconteceu o’lguma coisa?
Maria
– Olha são os menin’es bonit’es, nã’se contentam com o que têem em casa… À Ti’Ana,
na’goste nada de passar p’a frente das tabernas, onde ‘tão rapazes s´a censurar
a vida alheia!
Ana – Na’dês’ crete m’elher, alguns manientes na’têem onde cair mortes!
Ana – Na’dês’ crete m’elher, alguns manientes na’têem onde cair mortes!
O
melhor é evitares de passar aqui!
Maria – Isse é qu’era bom… Eu passe onde eu quiser…Graças a Deus na’deve nada a ninguém; posse passar em qualquer lad’e de cara levantada!
Maria – Isse é qu’era bom… Eu passe onde eu quiser…Graças a Deus na’deve nada a ninguém; posse passar em qualquer lad’e de cara levantada!
Ana
– T’ans r’ezão, bem basta às vezes a nossa vida, ‘inda vêm estes curisques
atormentar a nossa Paz!... Ouve cá Maria, por acaso sabes se o teu irmão chegou
a procurar casa, p’a destinarem o dia do casament’e!
Maria
– Eu pense que não, com esta aflição do mê’pai, o meu irmão na’tem tid’e cabeça
p’ra nada!
Ana
– Uma pessoa nunca ‘tá descansada è verdade…Ouve cá, sabes se a filha da
Carolina ta’bém vai casar?
Maria – Eu não Ti’Ana, na, ó’vi dezer nada…Até ‘tou admirada, eu nunca a vi namorar!
Maria – Eu não Ti’Ana, na, ó’vi dezer nada…Até ‘tou admirada, eu nunca a vi namorar!
Ana
– Pois não, iste foi um casamente arranjade à pressa… Ó’vi dezer que o rapaz é
de fora! A mãe dela ‘tá de'zerta pa’ver p’as costas, anda muite refilona e
malcriada!
Maria – Pois é…Vossemecê sabia qu’a filha dela, queria namorar co’mê’ irmão!
Ana – Sabia, ela até andou a gabar-se que o Miguel gostava muite dela… Olha, o tê’ irmão vai muite bem ca’quela piquena, tem sid’e muite sossegada e asseada... de trás d’orelha!
Maria – A gente sabe. À Ti’ Ana, tanhe qu’ir andande por c’osa do almoço…Olhe ali, olhe ali à porta da taberna, a chalriadela daquela maltesia, é só má língua a fazerem pouco das pessoas!
Maria – Pois é…Vossemecê sabia qu’a filha dela, queria namorar co’mê’ irmão!
Ana – Sabia, ela até andou a gabar-se que o Miguel gostava muite dela… Olha, o tê’ irmão vai muite bem ca’quela piquena, tem sid’e muite sossegada e asseada... de trás d’orelha!
Maria – A gente sabe. À Ti’ Ana, tanhe qu’ir andande por c’osa do almoço…Olhe ali, olhe ali à porta da taberna, a chalriadela daquela maltesia, é só má língua a fazerem pouco das pessoas!
Ana
– Vai-te i'mbora Maria na’ligues a isse, faz a tua vida. Até logue.
Fim
do 45º Episódio
J.
Balau.
Sem comentários:
Enviar um comentário