10º Episódio
Judite – Voçê
na”me diga isso… mas o que foi aconteceu?
O seu filho chatiou - se ca’
rapariga?
Ti”Agusta – Olha na”sei nem quero
saber, é lá com eles.
Judite - Se quer um
conselho, deixe o rapaz escolher o seu futuro, ele tem esse direito… Às vezes,
nem sempre as mães escolhem o melhor para os filhos. Mas mudando agora de
assunto. Já agora queria lhe perguntar
uma coisa. Quando eu fui buscar as xirolhas a
sua casa, diga-me lá se as levou distraída, ou se foi com ólguma má intensão?
Ti”agusta– (Com descaramento e fingida) À Jedite, eu na”fazia isse em
ti, desconfiares da “nha pessoa… há
tantes anes que moramos na mesma rua, e nunca houve ca”gente, desavença
nenhuma!
Judite – Tábem,
deixe lá agora isse. A conversa agora é outra…Eu vi com os meus olhos, uma
senhora desconhecida na sua sala, perto de um monte de roupa , e vossemecê foi
buscar as xirolhas do mê pai, a esse monte perto da mulher de fora,eu nem a
conheço!... Que me diz vossemecê a tudo isto?
Ti”agusta – Atão
essa senhora, é uma amiga minha que fica sempre em `nha casa no verão!
Judite – No
verão!...ainda temos em Março, e essa senhora já veio assim tão cedo! Olhe, eu
já contei isto ò mê pai, e ele anda muito desconfiado consigo!
Ti”agusta – Na me
digas isse…mas desconfiado porquê?! Eu só quero os interesses dele! (Com desembaraço) Eu tanhe que falar com
ele.
(neste momento entra em cena o João e Amélia pais da Judite)
João – (ouve o diálogo) Tou aqui A”gusta,
queres dizer ólguma coisa?
Ti”agusta – À
Ti”João, eu `tou embaçada ca”conversa da su”rica filha!
João - (com desembaraço) À“tás… Atão ainda vais
óvir mais... Ouve cá, A’gusta, porque fazes tantas visitas à “nha casa? Na”tás
satisfeita com as bruxarias que me tens feito, Já há mais de cinco anos nã” tanhe
ganhe um tostão sara’bento! Olha, na” penses qu”eu na”quis salvar o teu
falecido por mal …(choramingando) Eu
fiz o que pude, e até ia ficando debaixo do barco… òviste A’gusta! Secalhar na me podes por isso!
Amélia – À João,
na”ta poquentes, olha os teus nervos!
(Augusta fica muito triste e atuada, nem sabia o que
dizer. Com a ponta do lenço da cabeça, limpa as lágrimas que lhe vão caindo do
seu rosto)
TI”agusta – (choramingando) À João, na” me faças
lembrar a desgraça que entrou em minha casa. Eu nunca te culpei de nada João.
João –
Na”culpaste mas na” sei a tua intenção. Até quande olhas para mim parece que
queres comer. (Augusta baixa a cabeça)
Mas, diz-me agora aqui pela alma do teu falecido, que tu não andas a fazer-me
bruxarias?
(Uma pequena pausa sem ela responder) Atão,
respondes ò não?
(Neste momento chega a senhora desconhecida)
(Constância veste trajo de Província e dirige-se
Augusta)
Constância –
Ah!...Ainda bem que encontro aqui a senhora Augusta. Olhe já está tudo pronto
em cima da mesa, agora tenho que ir apanhar a camioneta. Eu venho para o mês
que vem. Dê cá um beijinho. Adeus.
(beijam-- se e sai sobre o olhar espantado dos presentes)
João –( muito confundido fala para a Augusta) Ouve cá
A’gusta, eu na”tanhe nada a ver com esta senhora, mas gostava que me explicasse
uma coisa… Esta mulher é mesmo tua amiga?
(Augusta baixa a cabeça envergonhada)
Fim do 10º
Episódio
J. Balau
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