quinta-feira, 4 de junho de 2015

10º Episódio A Costureira

10º Episódio

Judite – Voçê na”me diga isso… mas o que foi aconteceu?
O seu filho chatiou - se ca’ rapariga?
Ti”Agusta – Olha na”sei nem quero saber, é lá com eles.
Judite - Se quer um conselho, deixe o rapaz escolher o seu futuro, ele tem esse direito… Às vezes, nem sempre as mães escolhem o melhor para os filhos. Mas mudando agora de assunto. Já agora queria lhe perguntar 
 uma coisa. Quando eu fui buscar as xirolhas a sua casa, diga-me lá se as levou distraída, ou se foi com ólguma má intensão?
Ti”agusta(Com descaramento e  fingida) À Jedite, eu na”fazia isse em ti, desconfiares da “nha   pessoa… há tantes anes que moramos na mesma rua, e nunca houve ca”gente, desavença nenhuma!
Judite – Tábem, deixe lá agora isse. A conversa agora é outra…Eu vi com os meus olhos, uma senhora desconhecida na sua sala, perto de um monte de roupa , e vossemecê foi buscar as xirolhas do mê pai, a esse monte perto da mulher de fora,eu nem a conheço!... Que me diz vossemecê a tudo isto?
Ti”agusta – Atão essa senhora, é uma amiga minha que fica sempre em `nha casa no verão!
Judite – No verão!...ainda temos em Março, e essa senhora já veio assim tão cedo! Olhe, eu já contei isto ò mê pai, e ele anda muito desconfiado consigo!
Ti”agusta – Na me digas isse…mas desconfiado porquê?! Eu só quero os interesses dele! (Com desembaraço) Eu tanhe que falar com ele.
(neste momento entra em cena o João e Amélia pais da Judite)
João (ouve o diálogo) Tou aqui A”gusta, queres dizer ólguma coisa?
Ti”agusta – À Ti”João, eu `tou embaçada ca”conversa da su”rica filha!
João - (com desembaraço) À“tás… Atão ainda vais óvir mais... Ouve cá, A’gusta, porque fazes tantas visitas à “nha casa? Na”tás satisfeita com as bruxarias que me tens feito, Já há mais de cinco anos nã” tanhe ganhe um tostão sara’bento! Olha, na” penses qu”eu na”quis salvar o teu falecido por mal …(choramingando) Eu fiz o que pude, e até ia ficando debaixo do barco… òviste A’gusta!  Secalhar na me podes por isso!
Amélia – À João, na”ta poquentes, olha os teus nervos!
(Augusta fica muito triste e atuada, nem sabia o que dizer. Com a ponta do lenço da cabeça, limpa as lágrimas que lhe vão caindo do seu rosto)
TI”agusta(choramingando) À João, na” me faças lembrar a desgraça que entrou em minha casa. Eu nunca te culpei de nada João.
João – Na”culpaste mas na” sei a tua intenção. Até quande olhas para mim parece que queres comer. (Augusta baixa a cabeça) Mas, diz-me agora aqui pela alma do teu falecido, que tu não andas a fazer-me bruxarias?
(Uma pequena pausa sem ela responder) Atão, respondes ò não?
(Neste momento chega a senhora desconhecida)
(Constância veste trajo de Província e dirige-se Augusta)
Constância – Ah!...Ainda bem que encontro aqui a senhora Augusta. Olhe já está tudo pronto em cima da mesa, agora tenho que ir apanhar a camioneta. Eu venho para o mês que vem. Dê cá um beijinho. Adeus.                                                  
(beijam-- se e sai sobre o olhar espantado dos presentes)
João –( muito confundido fala para a Augusta) Ouve cá A’gusta, eu na”tanhe nada a ver com esta senhora, mas gostava que me explicasse uma coisa… Esta mulher é mesmo tua amiga? (Augusta baixa a cabeça envergonhada)

Fim do 10º Episódio

    J. Balau

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