Maria, tentava saber o nome da localidade que Alzira tinha visitado, ela estava muito curiosa mas a
Alzira não se abria na curiosidade da sua amiga.
- Maria - Mas essa terra onde tu fostes, fica muito longe da nossa Alzira?
- Rosa - Pois fica muito longe, leva-se muitas horas pa'lá chegar.
- Alzira - Mas olhe cá Ti'Maria, vossemecê tá assim tante interessada pa'saber o nome da terra !... Olhe é tão longe, que nem me lembra agora o nome!
- Maria - Á Alzira nate'ó'fendas eu perguntei por perguntar... Se calhar 'inda casas por lá!
- Alzira - Casar por lá, isse nunca... Eu cá'deixava de casar com um rapaz da 'nha terra por um de fora!... Á Ti'Maria na'teja ade'venhar má tempe!
Maria - 'Tás admirar-te... Olha que na'eras a primêra! Bom, já 'tou arrefecer aqui, eu vou andando p'ra casa; vocês ficam ainda aí?
Rosa - Eu fique ainda mais um bocadinhe!
Maria - Atão até amanhã.
(Alzira e sua mãe ficam pensando nas palavras de Maria, ela estava muito curiosa.)
Rosa - Ouve cá filha, que perguntas eram aquelas da Maria... A mim parece que ela 'tá desconfiada com alguma coisa!
- Alzira - Sei lá mãe... Mas desconfiada de quê... Ela quer é saber o que eu trago para casa... Olhe, esqueça na ligue a pessoas coscuvilheiras!
- (Joana passa perto de Alzira e diz)
Joana - 'Inda bem que as encontre aqui... Á Alzira, 'ma senhora de fora anda à tua procura há bastante tempe... é melhor ires p'ra casa porque a paleca na'parece muite bem disposta... Até 'tava a d'ezer assim: Se'la não aparecer vou ó poste da guarda fazer queixa dela!
Alzira - Mas o quê... Conversa é essa Joana!...Fazer queixa de mim à guarda... Isse deve ser ma'grande confusão! Vam'es lá mãe saber o que se passa... Até lhe trouxe o pescoçe a essa paleca!
Joana - Ai s'elas só'bessem os enchentes ca'melher 'tá fazer à porta delas, fugiam por outras ruas pa'na'serem vistas... Pa'quile qu'eu óvi, iste vai ser pior cum'barque virade com rabiosa, à vai vai!
J.B.
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