sábado, 28 de setembro de 2013

36º Episódio

36º Episódio

- Em casa do Virgulino tudo parecia mais calmo, agora ele queria trabalhar.

- Estás a ouvir a mãe pai… veja lá se não vai estragar o que fez. Bom, eu tenho que ir resolver a minha vida. Oiça cá mãe, eu estou a pensar em dar uma resposta ao senhor Armando; estive a pensar e resolvi em dar uma resposta, resolvi aceitar o emprego na Botica!

- À filhe, se queres a minha opinião, eu ache que fazes bem…

- Por mim podes ‘tar descansade que’na te vo’m envergonhar, um pai ter que ajudar os filhos!

- Pois está bem mas, essa sua ideia já vem muito atrasada!... Então obrigada pela ajuda, eu amanhã vou dar uma resposta.

- No dia seguinte o José dirigiu-se à botica –

Bom dia senhor Armando. Podia atender-me por favor.

- Sim sim, vamos aí dentro falar.

- Vinha dizer-lhe que aceito o seu emprego, Não sei se pode ser!

- O Armando ao ouvir a resposta do José, ficou muito contente com a sua decisão. Agora faltava preparar o mais necessário para o ele começar a trabalhar.-

- Olha José, não precisas de comprar nada por agora. Eu tenho guardado umas batas que te servem muito bem. Para a semana que vem, começa o mês de Novembro, e tu vais começar o teu primeiro trabalho. Vais aprender a arrumar os medicamentos, e outras coisas que o futuro, te irá ensinar a entrar no serviço.

- Obrigado senhor Armando, por me ter dado esta oportunidade. Eu vou fazer tudo pelo melhor, vai ver!

- Assim espero rapaz. Ouve cá, a tua mãe como está ela?

- Ela sente-se melhor mas ainda tem dores. Queria dizer-lhe que o meu pai, parece que agora reconheceu o mal que tem feito à minha mãe; ele está a tentar voltar ao trabalho.

- Espero bem que sim. Pronto, agora já estás orientado, vai lá à tua vida. Olha as melhoras da tua mãe.

- Obrigado senhor Armando, até amanhã.

- Um mês depois, o José andava muito contente com o emprego. O seu pai lá se ia governando com as pinhas. A Virgínia também já andava na sua lida, embora um pouco ainda abalada.

Aproximava-se o Natal. Os barcos lá iam saindo e entrando quando o mar dava garantias de tranquilidade mas, as pescas não eram famosas. Num certo dia na praia, um grupo de pescadores dialogavam entretendo o tempo; a certa altura o António disse: -

Vocês já sabem do Virgulino… Ele agora ‘tá muite medade,já nem entra na taberna!

Fim do 36º Episódio.

J. Balau.

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