terça-feira, 5 de junho de 2012

História de vidas 27º Episódio

História de vidas 27º Episódio

Mário depois de visitar O Ti’Anastácio, dirigiu-se ao estaleiro para explicar ao seu patrão, o Augusto, a sua ausência no trabalho.

Ao ultrapassar o portão da entrada, o Mário foi surpreendido com uma calorosa manifestação de carinho. O Augusto foi o primeiro a abraçá-lo seguidamente os seus companheiros fizeram a mesma coisa. Mário não sabia como agradecer ao seu patrão, não ia pensar ser recebido assim tão bem.

- Obrigada a todos, desculpem a minha falta, porque eu vi tanta gente a correr aflita na praia, e corri também para ajudar o melhor possível; eu já fui pescador e dou valor a quem anda lá dentro… Desculpe lá senhor Augusto a minha falta ao trabalho.

-‘Tás desculpado homem… Tu hoje foste um herói, salvar uma vida, e naquela situação não é para qualquer um! Eu estive também a ver aqui na estrada, o mar estava muito perigoso, algumas vezes virei a cara, assustava - me aquelas ondas, enquanto um barquinho que mais parecia uma casca de noz, entre aquela turbulência da força das ondas metia medo. Olha, pela tua coragem, por mim estás dispensado o resto do dia; vai para casa descansar.

Obrigada senhor Augusto, mas eu estou pronto para trabalhar

Tu merecias uma medalha pela tua valentia, espero que não se esquecem de ti.

- Vai descansar que tu bem mereces.

-Entretanto a Lurdes chega ao estaleiro, e repara no Jovem.

- Olá Mário. Parabéns rapaz, não se fala noutra coisa na praia, senão da tua valentia… Tu foste muito corajoso, correste um grande risco, podias ter morrido!

- Olha Lurdes, quando reparei num pescador quase sem forças para nadar, não pensei em mais nada, atirei-me ao mar para tentar salvar uma vida, sem saber quem era! Estou muito contente por isso já visitei O Ti’Anastácio ele está bem. Agora o teu pai, quer que eu vá descansar o resto do dia para casa.

- À pois vais mesmo, embora o meu pai tenha fama de ser antipático, ele nestas situações também tem bom coração. É verdade, tu podias ajudar - me a levar a lenha para o fogão, pode ser?

- Posso sim senhora, porque não! Calha a caminho não me custa nada!

- Olha, o meu pai já a tem ali preparada.

Pouco depois, Lurdes e Mário seguiam a caminho de casa, mas o Jovem tinha algo para dizer à sua companheira, mas faltava-lhe a coragem, até que quase a chegar disse:

- Olha Lurdes eu tenho um coisa para te dizer, já algum tempo mas falta – me a coragem!

- Não me digas isso… então um jovem tão corajoso está a dizer – me uma coisa destas … Fala lá rapaz, desembucha!

Fim do 27º Episódio

J. Balau.

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