História de vidas 27º Episódio
Mário depois de visitar O Ti’Anastácio, dirigiu-se ao estaleiro para explicar ao seu patrão, o Augusto, a sua ausência no trabalho.
Ao ultrapassar o portão da entrada, o Mário foi surpreendido com uma calorosa manifestação de carinho. O Augusto foi o primeiro a abraçá-lo seguidamente os seus companheiros fizeram a mesma coisa. Mário não sabia como agradecer ao seu patrão, não ia pensar ser recebido assim tão bem.
- Obrigada a todos, desculpem a minha falta, porque eu vi tanta gente a correr aflita na praia, e corri também para ajudar o melhor possível; eu já fui pescador e dou valor a quem anda lá dentro… Desculpe lá senhor Augusto a minha falta ao trabalho.
-‘Tás desculpado homem… Tu hoje foste um herói, salvar uma vida, e naquela situação não é para qualquer um! Eu estive também a ver aqui na estrada, o mar estava muito perigoso, algumas vezes virei a cara, assustava - me aquelas ondas, enquanto um barquinho que mais parecia uma casca de noz, entre aquela turbulência da força das ondas metia medo. Olha, pela tua coragem, por mim estás dispensado o resto do dia; vai para casa descansar.
Obrigada senhor Augusto, mas eu estou pronto para trabalhar
Tu merecias uma medalha pela tua valentia, espero que não se esquecem de ti.
- Vai descansar que tu bem mereces.
-Entretanto a Lurdes chega ao estaleiro, e repara no Jovem.
- Olá Mário. Parabéns rapaz, não se fala noutra coisa na praia, senão da tua valentia… Tu foste muito corajoso, correste um grande risco, podias ter morrido!
- Olha Lurdes, quando reparei num pescador quase sem forças para nadar, não pensei em mais nada, atirei-me ao mar para tentar salvar uma vida, sem saber quem era! Estou muito contente por isso já visitei O Ti’Anastácio ele está bem. Agora o teu pai, quer que eu vá descansar o resto do dia para casa.
- À pois vais mesmo, embora o meu pai tenha fama de ser antipático, ele nestas situações também tem bom coração. É verdade, tu podias ajudar - me a levar a lenha para o fogão, pode ser?
- Posso sim senhora, porque não! Calha a caminho não me custa nada!
- Olha, o meu pai já a tem ali preparada.
Pouco depois, Lurdes e Mário seguiam a caminho de casa, mas o Jovem tinha algo para dizer à sua companheira, mas faltava-lhe a coragem, até que quase a chegar disse:
- Olha Lurdes eu tenho um coisa para te dizer, já algum tempo mas falta – me a coragem!
- Não me digas isso… então um jovem tão corajoso está a dizer – me uma coisa destas … Fala lá rapaz, desembucha!
Fim do 27º Episódio
J. Balau.
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