- No dia seguinte, o Comandante recebia o Francisco no seu gabinete.
- Bom dia. O senhor chama-se Francisco José não é verdade!
- Sou sim senhor Comandante.
- Então sabe porque foi aqui chamado!
- Francisco nunca tinha enfrentado uma autoridade, por isso sentia-se nervoso.-
- Em primeiro lugar, quero felicitar pela sua coragem de enfrentar o mar, não sendo um pescador, cumpriu muito bem com o seu dever; daí a minha admiração.
Mas, há uma coisa que sou obrigado a dizer-lhe para o esclarecer: – Eu tenho que fazer cumprir a lei. O senhor, não pode entrar num barco para navegar, quando quer. No seu caso, que não tem cédula marítima,está a infringir a lei. Por essa razão,doravante não vai acontecer essa desobediência. Espero que o senhor Francisco, compreenda a minha posição; não deixo de reconhecer que fez um bom trabalho, segundo as autoridades me informaram; mas se o socorro tem corrido mal, e tivesse acontecido o pior, eu tinha responsabilidades no caso.
- Francisco, depois de ouvir o Comandante, pediu-lhe desculpa, com a promessa de que no futuro, nunca mais desobedecia às autoridades.
- À saída, vários pescadores aguardavam o Francisco, para saberem o resultado da acusação. Depois de ele resumir as palavras do Comandante, os seus amigos ficaram contentes. Com o sorriso disse:- È rapaziada, ‘tá tudo bem, agora já sei que tenho que cumprir com a lei.
- Os amigos mais humorados deram uma gargalhada, finalizando com um desabafo:- Vá lá, vá lá… Na ficaste preso, tiveste sorte!
- Francisco despediu-se dos pescadores e retirou-se, para se dirigir ao Pároco que o aguardava por ali perto.
- Olha o senhor prior por aqui!
- Então Francisco, como é que correu a tua causa? Olha vamos ali à capela porque eu tenho que falar contigo.
- Mais tarde, o Francisco recebia alguns conselhos para que no futuro não acontecessem casos semelhantes. pouco depois, ambos saíram da Capela a caminho de casa.
- Na manhã seguinte, o Francisco depois de abrir a Igreja Matriz, encontrou à entrada uma mulher que lhe disse: – Bom dia senhor sacristão, posso entrar?
- Francisco reconheceu a mulher: – Você aqui outra vez senhora Júlia?! Não me diga que vem aqui fazer as suas bruxarias!
- Júlia baixou a cabeça envergonhada, mas desta vez, vinha com boas intenções; e não tardou explicar a razão da sua visita.
À senhor sacristão, eu precisava de dizer-lhe uma palavrinha.
- ( Em tom agressivo) – Afinal o que deseja a senhora Júlia?
- Ai senhor sacristão, eu ‘tou muito agradecida por ter salvo o meu cunhado do acidente no mar.
- Francisco, ficou admirado com tal agradecimento da senhora Júlia.
Fim do 13º Episódio J.B.
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