terça-feira, 20 de setembro de 2016

56º Episódio - O Filho do Pescador


Episódio Nº 56                                                                                                                      
Rapaz – Bom dia. A senhora por favor não me indicava  onde mora nesta rua uma menina que se chama Mariana… Não sei se conhece, tem o cabelo castanho… Ela trabalha no peixe com a sua mãe!
Ana – Na’diga mais nada criatura, eu conheçe muite bem, ela mora ali ao cimo da rua, eu vou consigue ensinar… Olhe, ali vem a mãe dela ‘tá sair de casa!
(Carolina, ao ver o rapaz ficou suspensa, era o namorado da sua filha, mas conseguiu disfarçar muito bem, para a sua vizinha não desconfiar da oportuna visita )
Carolina – Obrigada Ana, por ensinar o moço onde eu morava… Até logue!
( A Ana afastou-se um pouco, mas desconfiada ficando a observar ao longe a estranha visita. Pouco depois aconteceu o inesperado… O rapaz era corrido à vassourada pela rua abaixo.)
Carolina – Ò seu desgraçade tu ainda ma’pareces à nha porta, seu enganador vigarista… Com que então tinhas ma’quinta, e os teus pais eram muite riques… Anda cá na´fujas, eu dou-te a riqueza com o cabe  desta b’assoura!
(A Ana ao longe presenciava a cena com grande admiração)
Ana - À melheres eu ‘tou aqui pa’na’viver, mas na’’tou a perceber nada!... Mas quem será este rapaz, ele foge a sete pés, coitade do moçe!
( A Carolina ao ver o jovem fugir, meteu-se em casa para não dar nas vistas da estranha discussão. No futuro, tinha que dar uma resposta do acontecimento. A Ana foi a única pessoa que presenciou o estranho caso, e não descansou enquanto não contou à sua filha)
(Entretanto a Carolina já mais calma perguntou à sua filha)
Carolina – Olha filha ‘inda bem que na’saiste, para na’haver mais inchententes… Mas ouve cá Rosa, eu na’ percebe porque é que aquele enganador, te veio procurar depois de me d’ezeres que ‘tava tude acababe entre ti e ele!
Mariana – À mãe, eu na’sei a ideia dele, mas ficou tude  esclarecide em casa dele, na presença da sua tia… Eu ‘tou a pensar s’ele vem trabalhar para o restaurante e se vai continuar andar atrás de mim… Você tem que me proteger mãe!
Carolina – S’ele tiver juízo, é melhor nunca mais aparecer na praia… Eu na’me tanhe filha, arranha-o tode com a travessa da cabeça!
( Entretanto a Ana chegava a casa e desabafou com a sua filha o que tinha presenciado)
Ana – À filha ‘inda bem que tás em casa, eu vi agora uma cena do outro mundo!
Rosa – Mas o quê mãe, explique-se lá melhor…

Fim do 56º Episódio
J. Balau

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