8 º Episódio – A Costureira.
Judite - Oiça cá, Já na”se pode
andar contente?.
(Ti” Augusta não ficou muito satisfeita com a resposta da Judite)
Ti”Augusta – (com meiguice)
À miga, perguntei por perguntar, na”te ofendas,eu sempre te quis
bem…não tenhe nada a ver com isse mas, esta
rapariga é de levar e trazer. Ouve cá tens tide alguma notícia do
António?
Judite –
Desculpe lá mas vossemeçê tem um feiti muito atrevido!
Ti”agusta - À
Jedite, na’perguntei com má intenção melher… Prontes, o melhor é esquecer a
conversa. Ouve cá, chegaste arranjar as xirolhas do mê’ filhe?
Judite – Cheguei sim, vá lá dento buscá-las“tão em cima da
mesa.
( Augusta entra em casa, saindo pouco depois com as
ceroulas) debaixo da
capa). Quanto é o teu trabalho cara linda
?
Judite – ( Com modo
aborrecida) Não é nada, vá lá com Deus.
Ti”agusta - Atão
obrigado. O Senhor te ajude. Fica em paz e Deus queira que brevemente t’anhas
boas notiç’as. Até logo.
(Ti”Augusta, sai um pouco sentida, mas cruzou-se com o
João pai da Judite, quando regressava a
casa. João fica enervado)
João – ( Junto da
filha) Ouve cá Jedite, esta melher já”qui
tava outra vez?!... Na querem então qu”eu
desconfi desta bruxa enliadeira!
Judite – À mê
pai, vossemeçê na”pode andar todos os dias a pensar que a mulher anda a
fazer-lhe mal!
João –
Pois não, mas dá -me ma”razão, pa”na
pensar! Ela na”se tira daqui… Ouve cá, já acabaste a”nha xirolhas?
Judite – Já “tão prontas, “tão lá dentre em cima da mesa,
vá lá ver!
Ai ai vida minha, o
dia tava - me a correr tão bem… mas vai continuar.
Até me apetece cantar!
Haja o que
houver,
Eu estou aqui.
Se Deus quiser, espero por ti.
Meu grande amor, não esquecerei
Volta
depressa por favor.
É muito tempo
até esqueci
Desde
partiste o que eu senti
Cada momento
há uma dor
Que”u
guardarei, ó meu amor.
Só sei, és tudo para mim.
Haja o que
houver, espero por ti.
(depois
do canto, o pai sai de casa sem encontrar
as ceroulas)
João –
Ouve cá filha, afinal as xirôlhas não estão lá!
Judite – Na”tão!... procure bem que as encontra.
João –
Na”tão, eu procurei procurei, na’veje lá
nada!
(Judite levantou-se, largou o trabalho e entrou em casa para resolver
a situação. João fica a falar sozinho)
João – Valha-me
Deus … agora são ladrões que andam aqui!
Tou a ver que tanhe que trazer uma
recoveira p”ra casa, alguém tem que ser caçade! (Judite sai de casa ao encontro do pai e diz-lhe)
Judite – À pai, realmente,
as xirôlhas não estão em casa… mas como póde ser isto… não entrou aqui
ninguém?!
(Judite
fica por alguns momentos pensativa, com as mãos na cabeça, e diz)
Àaaaaaaaah!… já sei ,foi a Ti”agusta que levou as xirolhas trocadas, é isso mesme, foi
ela. À pai, eu vou saber a casa dela.
(João tira o barrete atira com ele ao chão, e faz
gestos a falar com a filha) Mas o quê repariga! Tu na”me digas isso… prontes já
sei levou as xirolhas pa”fazer bruxedos ca”nha roupa!... Agora é que nunca
mais ganhe um tostão!. (Muito apoquentado Judite olha para o pai)
Vocês nunca acreditam em mim, e depois dá niste! Ai seu”souber qu”ela faz alguma
maldade às xirolhas, eu nem sei o
que lhe face!
Fim do 8º
Episódio
j. Balau.
Sem comentários:
Enviar um comentário