quarta-feira, 20 de maio de 2015

8º Episódio A Costureira


8 º Episódio – A Costureira.

Judite - Oiça cá, Já na”se pode andar contente?.
(Ti” Augusta não ficou muito satisfeita com a resposta da Judite)
Ti”Augusta(com meiguice) À miga, perguntei  por  perguntar, na”te ofendas,eu sempre te quis bem…não tenhe nada a ver com isse mas, esta  rapariga é de levar e trazer. Ouve cá tens tide alguma notícia do António?
Judite – Desculpe lá mas vossemeçê tem um feiti muito atrevido!
Ti”agusta - À Jedite, na’perguntei com má intenção melher… Prontes, o melhor é esquecer a conversa. Ouve cá, chegaste arranjar as xirolhas do mê’ filhe?
Judite – Cheguei sim, vá lá dento buscá-las“tão em cima da mesa.
( Augusta entra em casa, saindo pouco depois com as ceroulas) debaixo da capa). Quanto é o teu trabalho cara linda ?
Judite – ( Com modo aborrecida) Não é nada, vá lá com Deus.
Ti”agusta - Atão obrigado. O Senhor te ajude. Fica em paz e Deus queira que brevemente t’anhas boas notiç’as. Até logo. 
(Ti”Augusta, sai um pouco sentida, mas cruzou-se com o João pai da Judite, quando regressava  a casa. João fica enervado)
João ( Junto da filha) Ouve cá Jedite, esta melher já”qui tava outra vez?!... Na querem então qu”eu  desconfi desta bruxa enliadeira!
Judite – À mê pai, vossemeçê na”pode andar todos os dias a pensar que a mulher anda a fazer-lhe mal!
João – Pois  não, mas dá -me ma”razão, pa”na pensar! Ela na”se tira daqui… Ouve cá, já acabaste a”nha xirolhas?
Judite – Já “tão prontas, “tão lá dentre em cima da mesa, vá lá ver!
 Ai ai vida minha, o dia tava - me a correr tão bem… mas vai continuar.
Até me apetece cantar!          
                                     Haja o que houver,
                                  Eu estou aqui.
                                  Se Deus quiser, espero por ti.
                                  Meu grande amor, não esquecerei                                                                                                            
                                  Volta depressa por favor.
                                  É muito tempo até esqueci
                                  Desde partiste o que eu senti
                                  Cada momento há uma dor
                                  Que”u guardarei, ó meu amor.
                                  Só sei,  és tudo para mim. 
                                  Haja o que houver, espero por ti. 
 (depois do canto, o pai sai de casa  sem  encontrar  as ceroulas)
João – Ouve cá filha, afinal as xirôlhas não estão lá!
Judite – Na”tão!... procure bem que as encontra.
João – Na”tão, eu procurei procurei,  na’veje lá nada!
(Judite levantou-se, largou o trabalho e entrou em casa para  resolver   a situação. João fica a falar sozinho)
João Valha-me Deus … agora são ladrões que andam  aqui!
Tou a ver que tanhe que trazer uma recoveira p”ra casa, alguém tem que ser caçade! (Judite sai de casa ao encontro do pai e diz-lhe)
Judite À pai, realmente, as xirôlhas não estão em casa… mas como póde ser isto… não entrou aqui ninguém?!
(Judite fica por alguns momentos pensativa, com as mãos na cabeça, e diz) Àaaaaaaaah!… já sei ,foi a Ti”agusta que levou as xirolhas  trocadas, é isso  mesme, foi  ela. À pai, eu vou saber a casa dela.
(João tira o barrete atira com ele ao chão, e faz gestos a falar com a filha) Mas o quê repariga! Tu na”me digas isso… prontes já sei levou as xirolhas pa”fazer bruxedos ca”nha roupa!... Agora é que nunca mais  ganhe um tostão!. (Muito apoquentado Judite olha para o pai) Vocês nunca acreditam em mim, e depois dá niste!  Ai seu”souber qu”ela faz  alguma  maldade às xirolhas, eu nem sei  o que lhe face!

Fim do 8º Episódio

j. Balau.

Sem comentários:

Enviar um comentário