Alzira ao presenciar a cena da sua conhecida ficou muito
zangada ao ser desmarada na presença do Mário e da Constância.
Mário – Vamos embora Mariana alar a rede já são horas e os
meus companheiros já devem ‘tar a estranhar a falta minha presença!...Há certa
gente neste mundo que tem o que merece!
(Alzira para satisfazer a sua revolta, maltrata a Mariana e
o Mário)
Alzira - ´Tás contente à beçes de panal… E a viuvinha alegre
que nem ò menes teve sentimentes po’homem… Virgem mãe, haviam de tirar um saque
ceio de tramelgas vejam lá…Eu face idéa ‘’tão todes contentes na’tão!
Voz do Anjo Bom – Cala-te mulher… Tu tens que cumprir com o
teu dever de mãe… Essa criança foi enviada por Deus… Pecaste é verdade, mas Deus
vai-te perdoar os teus erros se contribuíres para isso… Olha para essa criança
que tens no teu colo!... Ela é tua filha, tem o teu sangue e a tua carne…
Alimenta-a como a tua mãe fez contigo para chegares a ser uma mulher! (Alzira
começa a compreender que errou e chora abraçando o bebé.)
(Entretanto a mãe de Alzira encontra a sua filha com uma
surpresa)
Rosa – Alzira, que é filha de quem é essa criança?
Alzira – Olhe mãe, é uma criança caída do céu!
Rosa – Caída do céu… Na’briques comigue, de quem é esse
bebé?
Alzira – Se eu lhe desser você nem vai acreditar!
Rosa – Mas porquê!... Já’tou a ficar curiosa!
Alzira – Oiça mãe quando vovê souber de quem é este bebé
você não acredita?
Rosa – Tu’tás a brincar ou a falar verdade!
Alzira – Olhe mãe, eu nunca falei tão a sério… Isto é um
caso muito complicado para explicar agora.
Rosa – Ai esta criança é muito linda, mas que será a
felizarda!
Alzira – ( à parte ) Quando você souber que a criança é
minha filha, já na’vai ter a mesma opinião! Mãe, olhe bem p’ra mim… Esta
criança é um dos frutos qu’eu colhi em casa dos nossos amigos de Almeirim… Ela
é a sua neta!
Rosa – Mas o quê Alzira… Aiiiii que me vai dar aqui uma
ataque!
José Balau.
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