segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Decisão Trágica

13º Episódio

Decisão trágica

- O João pai de Joana, não olhava a meios para atingir o seu desejo.

Joana estava triste pela resposta que deu ao seu namorado.

Mas por vezes ela sentia vontade de responder às decisões do seu pai.

- Oiça meu pai, se vossemecê diz que gosta assim tanto dos filhos, não me parece…

É um gostar, que não convence ninguém!

- O diálogo entre Joana e seu pai, continuou num ambiente pouco aconselhável,

mas a Joana pacificamente acabou por aceitar a sua decisão. O seu coração,

estava cheio de ofensas e contrariedades, mas a educação de Joana salientava-se

em cada discussão.

Dias depois. O ano novo era festejado com muita alegria, 1949.

A vida continuava tranquila, ora por vezes agitada como vinha sendo hábito.

Passados dois anos, Joana e o Luís combinaram o dia do seu casamento.

Depois de muito pensar acordaram o dia 15 de Outubro ano 1951.

O pai da Joana também assistiu ao diálogo, dando também a sua opinião.

No final do diálogo, a Joana disse para o seu pai: Oiça pai, eu vou alugar uma

Casa para eu morar, não quero ir para a sua, porque faz-me lembrar más recordações!

- João ficou irritado – Tu na’ me digas isse… Agora ‘tás - te a vingar do que aconteceu

Já há anos… Pois olha se vocês na’forem morar na casa, o mê’ corpo na’ põe os pés no casamento, ‘tás óvir Joana!

- Olhe pai, vossemecê é que sabe… Depois de tudo que já fez, não admira nada que

Não tome essa decisão; já sabia que eu e o meu irmão, na altura da tragédia logo

dissemos que não púnhamos lá os pés… Lembre-se que a sua casa que queria vender,

foi a causa da morte da minha mãe!

- João ficou irritado – Arre chiça Joana…Olha que vocês, ‘inda na’se esqueceram disse…

Eu também sei foi mau o que aconteceu mas gaita, foi foi há tempos!

- Foi há tempos, mas nunca, nunca na vida me vou esquecer… Se vossemecê tivesse

um pouco de amor pelos outros, talvez pudesse calcular o nosso sofrimento!...

Olhe, vamos acabar com esta conversa, que é melhor para nós todos.

- O João baixou a cabeça, ficando a murmurar em baixo tom.

- Na’penses tu Joana, qu’eu sai daqui para te acompanhar à Igreja!

- Olhe, mais uma vez lhe digo, por aí se vê o bem que quer aos seus filhos; e ainda lhe

digo mais, não pense que eu vou aturar a vida inteira, esses seus propósitos!

- O que vocês ‘tão a precisar é qu’eu vos deserde…

É isse mesmo…Vou deixar os meus bens ó meu irmão!

- Faça o que você quiser, ninguém o vai impedir; para mim é igual, já pode

começar a tratar das coisas amanhã!

Fim do 13ºEpisódio.

J. Balau.

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