sexta-feira, 15 de julho de 2011

2º Episódio - O Sacristão.

2º Episódio - O Sacristão-


-O Pároco, pousou a sua mão no ombro do francisco e tranqualizou-o.-

- Não precisas de ser um bom leitor Francisco...Vais ver, que nunca é tarde para servir a Deus. Ele será o primeiro ajudar-te. Olha, brevemente vou dar-te umas explicações do teu serviço, para ficares mais tranquilo. Confia em Deus homem!

- Dias depois. O Francisco já recebia algumas instruções do Pároco; e pouco a pouco, ele ia compreendendo a sua nova missão-

-Entretanto no areal, as artes da pesca artesanal trabalhavam normalmente. O Francisco nas suas horas livres, era hábito ajudar os pescadores a puchar a rede, desta vez a arte escolhida, era de um seu amigo, o Alberto.

Quase no final da alagem, os pescadores agitaram os movimentos apelando à companha, para puxar a rede com mais força; estava à vista muita quantidade de peixe.

As vozes quase roucas, gritavam de alegria, entoando ao longo do areal.

O mestre, muito entusiasmado dizia em voz alta : - Puxa arriba rapaziada a rede vem cheia de peixe - Pouco depois, o saco saía da maré. Os pescadores podiam observar junto a seus pés o carapau a saltar, sem possibilidade de fuga. O Francisco, estava admirado ao ver também, o seu esforço recompensado. Desde há muitos anos, que ele não via tanta quantidade de peixe.

Dizia para si :- Isto parece um milagre! Será que o senhor Prior tem razão!

- Entretanto um grupo de mulheres que tinham ajudado a alagem falavão entre si:- Parece que o sacristão nos deu hoje muita sorte, a rede que ele ajuda tira sempre peixe.

Agora o senhor Prior, convidou-o para ajudar à missa, ele deve 'tar muito contente... secalhar tem a cabeça da víbora!

- Este acontecimento, depressa correu toda a Vila, alguns populares já o classificavam o Francisco como um bruxo.

Uma semana depois. O Joaquim Paixão, empresário de uma empresa, resolveu falar com o Francisco. Já a tarde ia caíndo, quando ele bateu à sua porta.

Francisco depois de abrir a pequena janela, verificou que era um empresário seu conhecido.

- Olha o mestre Joaquim...'Atão o que traz por aqui a esta hora!

- Ò Francisco, desculpe de vir incomodá-lo, mas eu precisava de falar consigo sobre um assunto, que me anda a moer a 'nha cabeça já algum tempo!

- Francisco sempre atencioso, convidou o visitante a entrar, para o atender comodamente.

-Então diga lá mestre Joaquim, o que o trás à minha modeta casa!

- Joaquim não sabia como começar o diálogo, mas lá se resolveu a falar.

- Sabe uma coisa Francisco, eu e a minha mulher temos andado com a ideia na cabeça há muito tempo; benzer as nossas redes. A vida não nos tem corrido nada bem, e a minha companha anda muito descontente...Olhe, alguns camaradas querem-se desmarticular. Mas há aqui uma coisa... eu na'sou crente em Deus, só entrei uma vez na Igreja... Foi quando casei ca' Joana.
Na'conheço o senhor Prior, e tanhe vergonha de falar com ele.
- Francisco, ficou admirado com a confissão da visitante, mas não deixou de dar uma palavra de conforto ao seu amigo.

- Ò mestre Joaquim, nunca é tarde para a gente se converter a Deus, Ele está sempre ao nosso lado.

Esta sua decisão, até pode ser uma aproximação ao Senhor... Eu acho muito bem a sua ideia, e vou ajudá-lo a resolver o seu caso. O senhor Prior, nunca diz que não, quando se trata de coisas de sua responsabilidade e da sua Igreja. Eu trato de tudo para bezer as suas redes pode ir descansado ... Olhe, o Prior quando souber da sua história, até vai ficar contente. Pode ir descansado, até amanhã.

Fim do 2º Episódio
J. B.

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