quarta-feira, 27 de julho de 2011

1oº Episódio-O Sacristão

 

                                      imagesCA7DHMJE 
- Júlia encontrava-se fechada na Igreja, por ordens do sacristão, por lhe ter levantado um falso testemunho. O sacristão, depois de uma discussão entre ambos, acalmou-se um pouco e ao mesmo tempo, começava a ter dó da mulher. - Mas diga-me uma coisa criatura, foi você que disse ó senhor Prior que eu era bruxo e andava a fazer bruxarias nas redes! - Júlia continuava a negar. - Não, não fui eu. Deixe-me ir embora. Eu nunca mais venho aqui, cumprir com esta promessa. - O Sacristão quando ouviu falar de uma promessa, ficou desorientado - - Mas afinal você, veio com esta roupa para fazer bruxarias não foi, diga a verdade! - Isto não é bruxarias senhor Francisco… Ai senhor, você é tão boa pessoa na rua, e na Igreja é tão mauzinho! - A senhora não me ofende ouviu… Eu estou a fazer a minha obrigação, zelar pela casa de Deus, compreendeu! Eu não posso com essa, de me chamarem bruxo. Fui sempre católico respeitador e respeitado, e agora veja lá minha situação! Bom eu vou deixa-la sair, mas com uma condição… Vai prometer-me falar com o senhor Prior e desmentir tudo; de contrário vou denuncia - la  à porta da Igreja;e também dar a conhecer ao povo, o que a senhora, anda aqui a fazer na casa de Deus. Vá, rua e antes  peça perdão a Deus, de toda a maldade que me tem feito. - Júlia, finalmente saía da Igreja um pouco assustada, mas mais consciente do atrás tinha feito. O seu segredo, não desvendara por enquanto ao sacristão. A presença da roupa de homem na Igreja, era algo muito importante para a Júlia…Mas porquê! que andaria ela a fazer!. - O sacristão, um pouco fatigado, ficou a pensar neste caso. No dia seguinte,o sacristão levantou-se cedo para ir fazer uma visita à sua horta, como vinha sendo hábito. Depois de tomar alguns cuidados indispensáveis, na sua produção resolveu seguir até à praia, para observar o movimento na faina do mar. O mar continuava bravo, desde alguns dias. Os pescadores tinham dificuldade em lançar as redes ao mar; mas algo se passava junto à foz do rio Alcoa, ele apressou o passo e foi ver. Afinal duas embarcações tinham encalhado e outras preparavam-se para fazer o mesmo. Os pescadores tinham escolhido a zona da foz, porque dava melhores condições ao pescador para o encalhe. Francisco (sacristão) juntou-se a um grupo de pescadores, que ajudavam a orientar as embarcações a remo, para encalhar com mais segurança. Entretanto ouviu-se uma voz,« este barco não vem bem, vem muito mar atrás é perigoso». Momentos depois acontecia o pior, o barco virava-se com a força da onda, os ocupantes atiraram-se ao mar na tentativa de se salvar. Um barco que se encontrava à beira mar, foi imediatamente lançado ao mar com alguns voluntários, entre eles o Francisco, agora mais conhecido pelo sacristão.

 Fim do 10 Episódio.  J. B.

Sem comentários:

Enviar um comentário