A Voz
Tão sossegado que eu estava,
Olhando o mar ondear,
confesso que me encantava.
Aves do mar em excursão
Poisam na praia a cantar,
consolou meu coração.
De repente sinto no ar,
vozes que me confundiam,
e que me queriam falar.
E veio a voz da verdade.
Fala claro para esta gente,
não vá a ira crescer, e será tarde.
A voz persistente afinal
Veio falar do seu passado
E do seu historial.
Diz em verso por favor,
E seja legitimado
O nome do seu autor.
Voz que louva, pisa e fere,
a paz envergonhada
Viva a democracia, encravada
Na garganta, que julga construir
Se me disseres a verdade,
Depressa os sinos tocam.
Força que se faz tarde.
O anjo já vem aí
Na trombeta, as notas voam.
Esta música… Jamais ouvi
Se a festa traz procissão
Que seja bem dirigida,
Cuidado com o sermão!
Cada coisa no seu lugar,
Seja na rua ou na Ermida,
Fale-se para todos agradar.
Na rua em cada momento
Eleve-se a saudação
E não seja julgamento.
E se a voz continuar,
canta antes uma canção,
e que o mote seja Amar.
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