terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Voz - poema



A Voz

Tão sossegado que eu estava,

Olhando o mar ondear,

confesso que me encantava.

Aves do mar em excursão

Poisam na praia a cantar,

consolou meu coração.

De repente sinto no ar,

vozes que me confundiam,

e que me queriam falar.

E veio a voz da verdade.

Fala claro para esta gente,

não vá a ira crescer, e será tarde.

A voz persistente afinal

Veio falar do seu passado

E do seu historial.

Diz em verso por favor,

E seja legitimado

O nome do seu autor.

Voz que louva, pisa e fere,

a paz envergonhada

Viva a democracia, encravada

Na garganta, que julga construir

Se me disseres a verdade,

Depressa os sinos tocam.

Força que se faz tarde.

O anjo já vem aí

Na trombeta, as notas voam.

Esta música… Jamais ouvi

Se a festa traz procissão

Que seja bem dirigida,

Cuidado com o sermão!

Cada coisa no seu lugar,

Seja na rua ou na Ermida,

Fale-se para todos agradar.

Na rua em cada momento

Eleve-se a saudação

E não seja julgamento.

E se a voz continuar,

canta antes uma canção,

e que o mote seja Amar.

J. Balau

Sem comentários:

Enviar um comentário