quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Poema do livro - Maré Viva



Máquina Humana

Debaixo de olhares admirados
chegava o peixe à praia. Mexia a vida.
Na areia recalcada, pés suados
caminhavam com o peso da dor sentida.

A esperança renascia à beira mar.
Enchia os corações na madrugada.
Alguém junto à maré por muito amar
sofria pelos filhos, de boca calada.

A paga do esforço despendido
dava alívio e alimento à pobreza.
Poucas horas era o gozo oferecido.
Morria o dia e com ele nascia a tristeza.

José Balau

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