Olhava a praia.
Uma mulher aflita pousava algo no areal.
No céu, os astros corriam ameaçando temporal.
Alguém desmaiava.
Gente e mais surgia de repente.
E eu descobria numa saia, uma criança inocente.
Rosto de menino.
O seu olhar esvaziava-se em redor.
A multidão chegava em pavor.
Infeliz destino
do menino deixado por alguém.
O barco virava.
O berrar das ondas de se escutar
enquanto o grito forte do povo, sem cessar,
o mar esconjurava.
Restavam agora os destroços duma embarcação
e uma criança já orfão que pedia pão.
José Balau
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